Nos últimos meses este grande prelúdio da cruz tem acompanhado as minhas orações. E para quem ainda não sabe ou não se lembra a palavra “prelúdio” tem como significado “o primeiro passo para determinado desfecho”.

De fato, olho para os “prelúdios” anunciados por Deus como uma grande graça, é como ver a pequena nuvem e através dela ver o sinal do que está por vir. Os prelúdios são como uma suave voz que ecoa dizendo “Ele vem!”.

DÁ-ME OLHOS PARA VER

As escrituras explicam exatamente como um fiel a Deus pode e deve ouvi-lo. E na verdade, você pode iniciar essa leitura e terminá-la dizendo “eu não vejo nada disso”, porém a pergunta que já te antecipo é: Onde você está? Um discípulo que está em comunhão com seu carisma e sua missão se antecipa e se atenta aos sinais de Deus.

Se as distrações têm roubado de ti a sensibilidade espiritual do tempo presente é hora de redobrar a atenção e pedir o auxílio ao Espírito Santo de Deus. A cruz física em si, comunica diversas coisas e dentre elas algumas percepções totalmente pessoais, afinal cada um aqui possui a sua própria cruz e sabe o que tem feito ou não para carregá-la.

ANO DA CRUZ

Comunitariamente temos nos aproximado do ano dedicado ao Deus filho e como um prelúdio já anunciado, a cruz será a nossa resposta, o nosso caminho e certamente o nosso consolo. Sem ela, não conseguiremos assumir a totalidade da vontade de Deus para nós neste próximo ano.

Portanto, entendamos de uma vez por todas que nossas cruzes deverão ser carregadas, expostas e erguidas como um grande sinal da nossa libertação. Como o Cristo, abraçar a cruz e beijá-la é corresponder ao mover de Deus dizendo: “eu estou aqui, vi os teus sinais e correspondo a ti com a minha oferta.”

Em minhas orações, a palavra de Deus tem sido clara e ressoada em alto e bom tom: “Quem não subir para o calvário, INFELIZMENTE ficará igual aos discípulos medrosos e fariseus acusadores, ambos se escondem e se afundam em sua própria inferioridade. E uma vez que a Cruz é erguida e exposta, não dá para pregar outro crucificado nela!”

AFUNDADOS NO DESPRAZER

O tempo de Deus não é hoje, é AGORA! Ouço e entendo essas palavras de Deus como um grande prelúdio de urgência. Afinal, por anos comungamos deste carisma e se ele foi instrumento de libertação na vida de tantas pessoas, porque não seria na nossa?

Talvez, a grande resposta para isso seja a sua vontade, se você não quer ser livre, infelizmente não há o que o carisma possa fazer, você já deu a sentença e o Senhor não ferirá a sua liberdade.

Porém, o preço a se pagar por escolher ser escravo é viver afundado em sua própria escravidão, inveja e desprazer. Eu olho a vida pela janela e me afundo no desgosto em ver as cruzes dos meus irmãos sendo erguidas como um grande sinal de libertação e vida, enquanto a minha esmaga a mim mesmo. Que vida penosa!

EVANGELHO DE FARISEUS

Como uma resposta de libertação, que não mais escolhemos viver um evangelho de fariseus, que a todo custo prioriza seu próprio umbigo como senhor e deus salvador.

Um fariseu cria raízes para si, um apóstolo, discípulo e evangelista cria raízes no céu, para que seus frutos recaiam sobre a humanidade. Uma árvore invertida, os frutos não caem e morrem em sua própria terra e raiz, mas quando maduros os frutos caem e alimentam uma nação por toda a eternidade.

Pois esses são frutos de sabedoria e os frutos da sabedoria são eternos, nada se esgota diante dela e ninguém cresce mais do que ela. Pois a sabedoria finca suas raízes no céu e Deus derrama as suas palavras conforme quer, como quer e para quem quiser.

Porque não ouço? Porque não vejo? E como não comungo? Talvez as minhas raízes estejam fincadas demais na terra do meu egoísmo, e como um fariseu os meus braços só se erguem para mim mesmo!

Que não vivamos mais como um fariseu! A sabedoria salva, que possamos ser salvos e livres por ela! Dá-me olhos, ouvidos e sentidos atentos, para que mesmo que ela passe como uma leve brisa eu possa agarrar até que em mim ela tudo converta.

Deixar de ser fariseu para ser um apóstolo! Sem romantismo e mais verdade!

Diante das durezas e securas, que a minha confiança em Ti jorre água até mesmo das pedras, para que somente em ti eu possa me alimentar e erguer bem alto a minha cruz, o meu sinal de libertação e vida!

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Já parou para pensar que quando não respondemos ao chamado de Deus, exercendo nossa vocação, dons e ministérios, nos tornamos pessoas infecundas?! E se tornando pessoas infecundas, nos tornamos pessoas invejosas, pois vemos outros se esforçarem para corresponderem ao seu chamado, o que os levará a serem realizados, felizes, transbordando seus dons, sendo referência para outras pessoas.

Servo inútil

Logo a comparação virá, porque os outros receberam seus talentos, colocou-os em prática e ganharam muito mais, mas você servo inútil, preguiçoso e infiel pegou o seu talento e o enterrou na sua murmuração.

E mesmo sabendo que o lugar da felicidade é corresponder aquilo que Deus o chama, insiste em ir pela porta errada, pela porta que bate na vida dos outros, mas se olhares para outro lado, verás o caminho que Deus te apresenta de forma específica.

Pare de pensar naquilo que lhe falta e comece por agradecer, valorizar e cultivar “os valores e possibilidades, verdadeiros tesouros, que Deus colocou na sua vida real como sementes que podem germinar, crescer, multiplicar-se e dar uma esplêndida colheita”¹.

Faça dos outros fonte de sua alegria e se torne alegria para eles também. Fuja das “felicidades” ilusórias e descubra o segredo da felicidade verdadeira que Cristo nos dá.

Só é triste quem não se reconhece filho de Deus

Lembre-se que as dores e sofrimentos nos elevam, nos limpam, nos purificam, torna maduro o nosso amor e nos fazem crescer em virtudes.

Se tivermos sempre essa luz em mente, principalmente em meio as trevas, daremos graças e louvores eternamente em todo lugar e em qualquer situação.

Deixaríamos de ser murmuradores e olharíamos mais para as belas graças, pessoas e coisas que nos fazem bem, que nos trazem amor, alegria, consolo e estímulo para viver, para lutar, para melhorar.

Você tem tanto a agradecer que não há tempo para invejar.

Com certeza, muita das vezes que se encontrou em tamanha tristeza, foi porque se esqueceu que és filho daquele que renova todas as coisas e te dá tudo que é necessário para a sua realização.

Que sejamos pessoas desapegadas dos bens materiais, daquilo que o mundo nos oferece e nos apeguemos aos bens espirituais, esses que podem ser divididos simultaneamente sem que se gastem.

Que nos levará a partilhar de nossa alegria, fé e amor, esses que quanto mais transmitimos aos outros, mais aumentará em nós.

Sejamos dóceis ao Espírito Santo para nos tornarmos discípulos fecundos.

REFERÊNCIA: ¹Faus Francisco, A Inveja. São Paulo: Quadrante 1996

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Você tem estado em abstinência?

Precisamos ser Consumidos pela Missão!

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Eu precisei ACEITAR que não estava no controle e que muitas áreas da minha vida estavam com abstinência de Deus.

Isso me faz lembrar uma pessoa que é usuária de droga, ela acredita estar sempre no controle e se você perguntar, ela te dirá que quando quiser é só parar, mas a verdade é que ela é dependente disso, e precisará passar pela abstinência para superá-la.

Assim somos nós, usuários contínuos do pecado, principalmente aquele de estimação, queremos anestesiar a carne, dar prazer a ela e então deixamos a alma com abstinência do Espírito Santo de Deus, e precisamos reconhecer isso urgentemente, para que possamos ter um arrependimento profundo, buscar ajuda, a reconciliação e a cada dia mais nos encher deste Espírito e superar essa abstinência.

Mas como é isso?

Abstinência: substantivo feminino; ato de abster-se, de privar-se do uso de alguma coisa; moderação ou sobriedade no comer, no beber e na vida sexual.

A síndrome da abstinência “é um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem após a interrupção ou diminuição do consumo de uma substância que cause dependência.”

Ou seja, o corpo de uma pessoa em abstinência dá sinais que podem variar de uma pessoa para outra, pois também vai depender de qual substância foi tirada.

Assim também a nossa alma apresenta sinais de abstinência quando afastamos o Espírito Santo da nossa vida, o esfriamento espiritual, o desânimo em exercer os seus dons e ministérios, inquietudes, falta de concentração nas orações, sem vontade de rezar e tantos outros sinais…

E essa abstinência da alma só será superada quando superarmos a abstinência da carne, quando mesmo com vontade de praticar aquele nosso pecado de estimação (pensa aí qual é o seu) não o façamos. É preciso preencher a nossa alma com o Espírito Santo, aquele que vai nos purificar e nos ajudar a superar a abstinência do prazer sem cair nas tentações.

Somos dependentes de Deus e não do pecado

E foi por esse processo de aceitação, de buscar ajuda, de relembrar a minha história que Deus vem me curando de muitas feridas e me afastando do pecado.

Muitas vezes por medo, por vergonha, receio, inseguranças eu me escondia e não colocava meus dons a serviço. Confessei esse pecado muitas vezes, por meses, ainda que eu não tivesse totalmente arrependida, pedia a misericórdia de Deus.

E então um dia em adoração Ele me falou: “sabe quantas pessoas ainda não me conheceram, ou até mesmo poderão não serem salvas, porque você não faz o que eu te pedi pra fazer?”

A partir deste dia um arrependimento brotou em meu peito por desapontar a Deus, por ser ingrata diante dos dons que ele me concedeu, por ser egoísta. Voltei a confessar e fiz uma novena para Rainha Ester pedindo a sua intercessão por essa realidade. Aliás a última frase da oração de Ester, na tradução da Bíblia de Jerusalém, diz: “…e a mim, livrai-me do medo…”

O medo não pode nos paralisar!

Em fevereiro, tivemos a graça de estar na Profecia do avivamento na Canção Nova e logo na primeira oração, pude recordar do meu pai no sofá de casa com o corpo dando sinais de abstinência (ele era usuário de droga e dependente químico), algo que aconteceu quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, na época minha mãe falou que ele estava com febre e me afastou dali.

Durante a oração, tive a graça de ver Jesus na figura do meu pai, então pude sentar ao lado dele e com um pano enxugar o seu rosto, suas feridas pegar um manto e o cobrir, pois ele tremia muito. Dancei para ele, peguei em suas mãos, o levantei, dançamos e logo ele se sentou novamente.

Ali o Senhor estava me mostrando que algumas áreas da minha vida, inclusive ministérios, estavam com abstinência de Deus e isso não deixava com que eu avançasse, logo pensei, é o maldito medo.

Um verdadeiro avivamento nasce de um verdadeiro arrependimento

Durante a adoração, me derramei aos pés de Jesus como Maria Madalena e o Espírito Santo avivou meu coração. O Senhor me ouviu e me salvou! Me deu a graça de experimentar um verdadeiro arrependimento.

O Senhor nos chamou a ser profeta das nações e é por isso que Ele não desistiu e não desiste de mim e de você, porque eu não sou só mais uma, você não é só mais um(a), Ele me escolheu, Ele te escolheu, impregnou a profecia em mim, em você, não há como nos descartar.

Por aqui, a luta não acabou, mas, já é possível contemplar a vitória.

E você? Tá esperando o que para superar as abstinências da carne?

Que pela intercessão da Rainha Ester e Monsenhor Jonas Abib você seja libertado(a) de tudo que ainda te impede de colocar seus dons e carismas a serviço do reino! ?

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Se faz necessário

Se faz necessário uma meditação mais profunda sobre a morte, de como precisamos nos preparar e é claro, aceitar que ela virá, sim ou sim, porém na prática não é tão fácil assim. Digo isso, porque ainda é recente, latente em meu peito, a morte do meu pai. Então meditando sobre a morte e sobre os ensinamentos dos Santos acerca disto, diariamente tenho refletido que:

• A morte é certa e que se o desejo de céu for pequeno, será difícil aceitá-la;

“Quem não sentirá quando, enfim, recebe a notícia de sua morte próxima!” –  do livro Preparação para a Morte.

Quão importante é conhecer a vida dos Santos e entender o porquê que eles desejavam a morte. São Carlos Borromeu nos ensina que “a morte nos abre o céu e nos proporciona a visão de Deus”, ou então, Santa Catarina de Sena, “consolai-vos comigo, porque deixo este vale de lágrimas e vou para a pátria da paz”.

Os santos almejavam encontrar com o Santo dos Santos, não se esquivavam dos sofrimentos e muito bem viviam uma vida de sacrifícios, queriam encurtar o tempo disponível aqui na terra, pois a cada minuto aqui, a chance de pecar aumenta, o que causa o afastamento de Deus.

É preciso pensar, se preparar, buscar dia após dia uma vida reta, virtuosa, de relacionamento com Cristo, de profunda intimidade, para que a vontade de encontrar com Ele brote e cresça, tornando então o momento da morte menos penoso e mais satisfatório.

A solidão

• A solidão é certa, no momento da morte estaremos sozinho;

Nosso Senhor estava sozinho na cruz. O sentimento de abandono também pairou em Seu coração naquele momento. Ele experimentou a solidão.

“Que mágoa terá ao saber que sua enfermidade é mortal, que é tempo de receber os sacramentos, de se unir com Deus e despedir-se do mundo! …Despedir-se do mundo!” – do livro Preparação para a Morte.

Estaremos sozinhos na nossa hora. Experimentaremos uma profunda solidão. Solidão essa que poderá nos levar ao desespero do deixar, ou que poderá nos unir mais ao Cristo, pois será Ele, a Sua presença a nos consolar.

O Amor nos espera

Me pego imaginando como seria chegar ao céu e poder abraçar Cristo. Acho que pediria a Ele para ver meu pai e poder abraça-lo. Mas, será que ele já chegou lá? Não sei … oro todos os dias para que ele se encontre com o Amor na eternidade. Infelizmente, só saberemos como isso acontece quando nosso dia chegar. Dia este que chegará, talvez logo ou não tão logo.

Assim como Cristo nos espera, também nós somos convidados diariamente a querermos encontrá-Lo. A nossa união com Cristo se dá na cruz, unimos nossos sofrimentos aos Dele. A certeza da vida eterna já foi nos dada, não fujamos da dor, do sofrimento, da angústia e da solidão, pois é isso que precede o céu.

Sejamos imitadores de Cristo!

 Saudade

A saudade sempre fica e muitas vezes nos entristece. Somente Cristo pode afagar nosso coração e nos ajudar no tempo de luto. Tempo esse que deve ser vivido e bem vivido. No entanto, é importante que esteamos atentos a saudades excessivas, a um exagero que nos leva a depressão.

Maria Santíssima teve uma lança transpassada em seu peito ao ver seu filho tão amado sofrendo e ser crucificado. Quanta saudade não sentiu ao ver os doze reunidos, sem Ele.

É preciso ter um coração esperançoso, que crê na vida eterna e abundante a ponto de desejar viver bem a morte. Maria não desejou que Ele morresse, mas aceitou, pois tinha a certeza que em breve O encontraria.

Que assim sejamos. Livres e disponíveis para quando a morte chegar.

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O AGORA E O NA HORA DA NOSSA MORTE

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1. Pela economia geral de ordem sobrenatural, que reservou ao sacerdote o papel de mestre;
2. Pela íntima conexão – às vezes fusão – com o ofício de confessor;
3. Pela graça do estado sacerdotal, da qual carecem os não sacerdotes.

Todavia, não inconveniente se escolher um religioso não sacerdote, ou um leigo, que seja uma pessoa prudente, experimentada e escolhida voluntariamente. O fato que mais pesa para mim é a facilidade de unir a direção com a confissão.

Se escolhermos um sacerdote, que este seja nosso confessor.

Algumas qualidades essenciais de um diretor espiritual

Qualidades técnicas, que se referem especificamente à direção em si:

Ciência à Os principais conhecimentos que deve possuir se referem à Teologia dogmática e moral, acética e mística, princípios fundamentais da vida espiritual, a oração e seus graus, ilusões que deve evitar, casos patológicos (doenças mentais e nervosas mais frequentes), fenômenos extraordinários, graças gratuitamente dadas etc.

Discrição à A palavra discrição vem do verbo latino discernere que significa discernir, separar, dividir. Esta qualidade não se trata apenas de saber guardar segredo, mas ter uma prudência sobrenatural nas decisões, clareza nos conselhos, firmeza e energia em exigir seu cumprimento.

Experiência à Experiência própria do diretor com Deus, para que possa apresentar com firmeza as certezas que já vivenciou muitas vezes e a experiência alheia que é aprender com os erros e acertos de outros homens e mulheres santos;

Cinco são as características morais que deve reunir o diretor espiritual.

1. Intensa piedade – Em outras palavras, intimidade e comunhão com Deus. A piedade do diretor deve ser profunda e equilibrada, cristocêntica e girar em torno da glória de Deus;

2. Zelo ardente pela santificação das almas – consequência da anterior e dispensa explicação;

3. Grande bondade e suavidade de caráter – O diretor deve estar animado pelos mesmos sentimentos de Jesus e não deve ser intransigente, legalista. A misericórdia é essencial para o diretor. Este deve estar adornado de sentimentos paternais, obcecado por formar as almas segundo o coração de Deus;

4. Profunda humildade – Afinal: a) Deus resiste aos soberbos; b) Desconfiar de si e de suas luzes, não hesitando em consultar pessoas mais doutas do que si mesmo; c) A humildade atrai e cativa as almas;

5. Profundo desinteresse e desprendimento – Ao bom diretor deve rezar a santa indiferença, sem buscar satisfação pessoal na direção e tão pouco se importar com quem vai embora ou se gabar de quantos atende;

Talvez você não saiba tudo isso de um sacerdote, ou um leigo antes de começar a ser dirigido por ele, mas após dois ou três encontros, fica fácil de separar o joio do trigo. Só tome cuidado para não manipular o processo segundo as facilidades pessoais, pois é Deus quem determina quem deve nos dirigir, escute-O.

Referência: SER SANTO OU NÃO SER EIS A QUESTÃO – Compêndio da obra: Teologia de la perfeccion Cristiana – Autor: Antônio Royo Marin. O.P. – Editora Ecclesiae.

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Ninguém é bom Juiz de si mesmo!

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“Então a palavra de Iahweh lhe foi dirigida nestes termos: Levanta-te e vai a Sarepta, que pertence a Sidônia e lá habitarás. Eis que ordenei lá, a uma viúva, que te dê o sustento.”

Elias caminha rumo ao seu IDE, o Senhor ordenou e ele prontamente seguiu suas ordens. Após a torrente secar no Carit, imagino que não deve ter sido uma viagem fácil, tendo em vista a fome, a sede e o cansaço. No entanto, acredito que existia uma firme esperança em seu coração: o sustento estará lá, pois Iahweh prometeu.

Somos a Viúva

“Respondeu ela: Pela vida de Iahweh, teu Deus, não tenho pão cozido, tenho apenas um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Estou ajuntando uns gravetos, vou preparar esse resto para mim e meu filho, nós o comeremos e depois esperaremos a morte.”

Do outro lado, encontramos uma viúva desesperançosa, prestes a passar fome e com um filho para sustentar. Aqui trago para a minha vida, me coloco no lugar dessa mulher. Em quantas situações estamos juntando os gravetinhos, contando as moedas.

Morrendo de medo do novo, da mudança de casa, das novas missões, novas pessoas, conversões urgentes ou novas realidades que parecem se impor em nossas vidas de imediato, não sabemos de onde sairá a providência física e espiritual para suprir todas as necessidades. .

Estamos como ela, trabalhando, mas já conformados com a morte que nos espera. De fato, o sentimento dessa viúva é de total desesperança no futuro, na mudança, de que as coisas se ajeitem e deem certos aos poucos. Um coração completamente desamparado pela providência e desconfiado ao extremo, em minha última confissão o padre me exortava exatamente sobre isso.

A Diferença do Profeta para a Viúva

Partilhava com uma amiga, que estava vivendo esse momento do ciclo, ao mesmo tempo que era a viúva, me via como Elias: que indo atrás do sustento, se encontra com maior escassez. A farinha e o azeite acabando, com uma criança para ser sustentada.

No entanto, a postura de um profeta é diferente, pois Elias fez parte da “discussão das entranhas” do próprio Deus, ele sabia dos planos do Senhor e portanto, se existia uma ordem clara, ela iria se cumprir independente das circunstâncias. Diante da escassez, a postura do profeta é de confiança na Providência, sempre!

Em algum grau, tenho vivido essa experiência. No deserto da quaresma, são essas duas posturas que tenho transitado, para além disso, fazendo “provas finais” de confiança. Confiar que nada irá me faltar, materialmente falando, confiar que terei as palavras certas para dizer na missão, a sensibilidade para tocar os outros e o equilíbrio para cumprir todas as minhas obrigações com alegria.

“Profetinha” ou Viúva?

Qual é o novo que Deus te chamou a confiar novamente? Qual face da providência você precisa se lançar de uma vez? Tem sido mais viúva ou Elias? São algumas perguntas que fiz, e que me ajudam nas minhas práticas quaresmais. Pois, no final, a vasilha de farinha não se esvaziou e o azeite não acabou, mas superabundou a graça de Deus!

Até mesmo quando a viúva culpa Elias pela morte do filho, a confiança do profeta permanece firme no Deus de Israel. No Deus que ressuscita morto, cura cego e surdo, liberta de demônios, faz o mar abrir e cair o maná do céu. Esse é o Deus de Elias, é por isso que ele não se abala, mas simplesmente confia.

Que nesta quaresma, Deus nos dê a graça de extirpar qualquer desconfiança em relação aos movimentos que Ele mesmo realiza em nossa vida, e nos dê a serenidade e confiança de espírito!

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Enquanto fundador de uma Nova Comunidade e diretor espiritual tenho visto muita gente que chega ao fundo do poço em sua vocação, em seu casamento, em sua profissão, porque julgou tudo, unicamente, segundo a sua vontade. Sim queridos a velha soberba de sempre, assombrando a humanidade desde o Éden.

Imparcialidade

Não precisa ser muito inteligente para saber que a imparcialidade é qualidade fundamental para um juiz exercer um bom julgamento. Outro ponto, é que quem não está envolvido com o problema, consegue ter uma visão melhor da situação e pode emitir um parecer, opinião, ou conselho de maneira mais sensata e reta. Infelizmente não é o que temos visto na suprema corte de nosso país, mas isso é assunto para outro momento.

O fato é que desde os primórdios do catolicismo, os fiéis (leigos ou clérigos) são convidados a dialogarem com um diretor espiritual. Alguém preparado, que possua uma fé impassível, e com o dom para aconselhar. Imagine quantas vezes Jesus não deve ter se aconselhado com sua mãe e pai, quando estava encarnado no meio de nós. Mesmo sendo Deus, ao se fazer um de nós optou por ter que galgar os mesmos passos de construção de consciência e de aprendizado.

Quando comecei a atender individualmente os membros de minha comunidade, a alguns anos atrás percebi o quanto a falta de direção espiritual prejudica a vivência de fé de cada um. O quanto não sabemos como e por onde progredir e atingir altos patamares de santidade. A verdade é que com um bom guia já está difícil, imagina caminhando às escuras de sua própria percepção?!

O fracasso da santidade

A verdade é uma só, atestada por grandes teólogos, em especial um que gosto muito, Antônio Royo Marin, autor de muitas obras de teologia espiritual, “a falta de direção espiritual ou a deficiência da mesma é um dos três grandes fatores que levam o projeto de santidade dos indivíduos ao fracasso”.

Calma não fique aflito que virá aqui em nosso blog uma série de textos sobre Direção Espiritual, na tentativa de esclarecer e ajudar quem quer que seja a entender que caminhar sozinho é muito arriscado.

Por ora, termino esta primeira reflexão perguntando a mim mesmo e a você que está lendo, será que somos humildes, e temos a coragem de expor nossas misérias para alguém? Será que não é hora de buscar ajuda e reconhecer que sozinho tenho grandes chance de fazer burradas e inventar um Jesus Cristo que se adeque às minhas carências, uma teologia adaptada ao meu pecado? Reflita e até o próximo texto.

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Agir e Reagir como Cristo

O Inferno existe e deve estar lotado

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Arranjar tempo para pregar, quando não se tem esse tempo. Ir na Fundação Casa partilhar com cinco meninos, e de vez em quando, até menos. Arranjar tempo para ajudar e orientar pelo whatsapp. Ter tempo e disposição para o apostolado nas redes sociais. E no meio de tudo isso, ter uma vida de oração consistente, leitura espiritual e estudo.

Empregar Tempo

Cobrir escala, gastar dinheiro com comida fora, com transporte, imprevistos e enfim, o mais importante: gastar o tempo. Ser missionário é empregar tempo no Reino de Deus e na sua expansão.

Quando voltava de uma das missões esses dias, o Senhor falava no meu coração de que a missão precisava consumir, pois os santos e Ele mesmo, viveram dessa forma.
Pra eles não existia escala, horário ruim, seleção de pessoas, programação, não existia um tempinho no banco, assuntos que não poderiam ser falados ou lugar ruim. Era apenas, ajudar as pessoas apresentando a Verdade libertadora do evangelho!

Faz parte do Tripé

Isso é prioridade para um consagrado, depois da vida de oração, a missão é sumamente importante. Portanto, se você não está com uma vida minimamente corrida, tem alguma
coisa errada, bem errada.

Quando por um momento eu penso em não fazer, não ir, não pregar e fingir que nada está acontecendo, logo me recordo daquela cena de The Chosen, em que Jesus passou o dia inteiro atendendo as pessoas e os discípulos discutindo por coisas fúteis, por fim, Ele passa por eles exausto e ainda dá um boa noite.

Muitas vezes a missão exige de nós, que ultrapassemos o nosso próprio limite. Limite de paciência, de disposição e alegria. Na verdade, a maioria das vezes sempre precisamos fazer alguma coisa que simplesmente não gostaríamos de fazer.

Ele dá a Graça…

Ainda bem que não contamos com a nossa própria capacidade e esforço, se Ele tem confiado muitas coisas a ti, agradeça e faça, porque quem dará um jeito em todo resto é
Ele.
Buscar primeiro o Reino, e tudo mais nos será acrescentado. Não é apenas um belo versículo, mas uma verdade!

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Família Consagrada, Família Missionária

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Na Carta de São Tiago (4,4) está escrito que “maior é o Espírito que está em nós, do que aquele que está no mundo”, da boca do próprio Senhor Jesus sai que “quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16,16), e ainda no Evangelho de Jesus Cristo segundo João que “aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas” (14,12), resumindo, sob ação do Espírito de Deus, é possível vencer o mundo, ser salvo, e fazer coisas maiores do que aquelas que o próprio Cristo fez.

Nada podemos sem o Consolador

Quero deixar claro com este simplório excerto que sem a ação do Espírito de Deus, de fato é impossível agir e reagir como Cristo agia e reagia. Se contarmos com nossas próprias forças, sabedoria e determinação falharemos completamente, e passaremos uma vida inteira frustrados.

Não é à toa, portanto, que o Senhor fez questão de ser batizado, e só então iniciar sua missão pública. Não é por acaso que Ele orava constantemente, se retirava frequentemente, tudo para se alimentar da vontade do Pai.

O meu temperamento é colérico, e para nós a praticidade e a prontidão no realizar das coisas é latente, todavia, inúmeras vezes nos comportamos como um trator desgovernado, passando por cima de obras que se quer precisariam de reformas, na tentativa de salvar o mundo, não poucas vezes destruímos outros tantos mundos que não tinham nada a ver com a história. A luta para agir e reagir como Cristo, é diária e feroz aqui dentro.

Confesso que várias vezes defendi a ideia de que um leão jamais poderia se comportar como um cordeiro, nitidamente me esquecendo que meu Senhor primeiro veio como cordeiro e só depois (espero que em breve) virá como leão. Pura arrogância e acídia para com minha conversão. Se conformar ao agir e ao reagir de Cristo passa exatamente por se assemelhar primeiro ao cordeiro, para quem sabe um dia participarmos da vida do Sumo Leão.

Como domar o leão interior

Algumas estratégias simples têm me ajudado a obter meia dúzia de vitórias neste desafio.

A) Respirar fundo e retardar as respostas, sobretudo à aqueles que se contrapõe a mim;

B) Partilhar responsabilidades quando possível, e delegar tarefas, dando liberdade para que as façam da forma que acharem melhor;

C) Orar e meditar a Palavra de Deus com mais frequência e constância, afinal, nada melhor do que consultar ao próprio Senhor de como devo lidar com as situações que se me apresentam;

D) Escutar músicas mais calmas e harmoniosas, de preferência louvores;

E) Por fim, meditar e buscar viver a virtude da paciência;

Que o céu é dos violentos isso eu não tenho dúvidas, mas a violência é contra si, e contra o pecado, não contra os irmãos e irmãs. Que o Senhor Jesus nos ajude, através de nossas penitencias quaresmais a nos assemelharmos mais a Ele, e assim, inspirar outros a fazerem o mesmo.

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Depois de uma reversão de vasectomia, a fertilidade voltou a brotar. Lembro-me perfeitamente do dia que eles anunciaram a gravidez, eu estava na capela em nosso sítio e quando li, comecei a chorar de alegria. Lembrei de várias vezes que brincávamos lá, imaginando de como seria uma menininha naquela família.

Com certeza, contemplar as duas gestações das nossas irmãs da célula, uma eu estando lá e da outra, acompanhando daqui, foi uma alegria sem igual. Rezei muito e ainda rezo, para que a fecundidade espiritual e biológica brote naquela célula, e creio que ainda contemplaremos a espiritual em sua máxima potência, e nos alegraremos igualmente. 

Ele é Libertador

Bom, se não fosse este carisma, é muito provável que não teríamos uma Olívia para chamarmos hoje, tendo em vista que, a orientação carismática foi de completa abertura à vida. Portanto, se você ainda tinha dúvidas da autenticidade deste carisma, ela cessa agora. 

O carisma Cristo Libertador é tão autêntico, pois antes mesmo de eu ser capaz de compreender este chamado, ele me libertou. Sabemos do carisma, porque sentimos o seu poder sobre nós, influenciando todas as áreas de nossa vida e eu não tenho dúvidas da existência dele, pois fui liberta. 

Vejam, não foi porque me contaram, não foi somente os outros que me disseram que era um carisma poderoso. Não foi a multidão que me alertou, não foi meu fundador ou meus formadores, foi a experiência real e palpável da ação deste carisma. 

Ele muda vidas! 

É por isso que, quando partilho com os irmãos vocacionados, eu sempre aconselho: primeiro, faça a experiência de libertação através do carisma, depois você descobre o resto. Pois, o carisma primeiro serve para me santificar, me libertar, me transformar e assim, depois os outros poderão beber da mesma graça. 

Um carisma, é um dom poderoso do Espírito Santo, portanto é capaz de transformar grandes pecadores públicos em consagrados, hipócritas em pessoas verdadeiras, Acab’s em homens e Jezabeis em mulheres. Não tenha nada que o carisma não toque, e se bem desejarmos e lutarmos, seremos grandes santos. 

Precisamos constantemente ser confrontados com qual escravidão seremos libertos neste tempo, qual parcela de liberdade que o Espírito deseja me dar agora? Ai de nós se acharmos que não precisamos de libertação e conversão, não faz nenhum sentido tal pensamento, pois o carisma continua desejoso por nos conceder a vontade de Deus. 

Antes de existir…

Antes mesmo de ser concebida, o Senhor me deu a  graça de portar o carisma Cristo Libertador. Só por esse fato, deveríamos ser as pessoas mais felizes do mundo. O Senhor olhou com predileção para este povo, tão indigno e soberbo. 

Olhou para nós com Seus olhos de amor, e através do carisma, superabundou a vida em nosso meio, nos converteu, nos mudou de emprego, de casa, de país, nos deu filhos, recolheu alguns, formou e reconstruiu famílias, destruiu vícios, mudou jeitos, curou doenças e nos deu um sentido de vida. 

Uma gratidão eterna pela Tua bondade, Jesus. Por nos agraciar com este carisma!

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