Arquivo de Memórias de um infante cristeiro - Blog https://blog.cristolibertador.com/memorias-de-um-infante-cristeiro/ Comunidade de Aliança Cristo Libertador Fri, 10 Nov 2023 14:00:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://blog.cristolibertador.com/2023/wp-content/uploads/2023/03/favicon.png Arquivo de Memórias de um infante cristeiro - Blog https://blog.cristolibertador.com/memorias-de-um-infante-cristeiro/ 32 32 A Linguagem de amor dos Cristeiros https://blog.cristolibertador.com/a-linguagem-de-amor-dos-cristeiros/ Fri, 10 Nov 2023 12:50:17 +0000 https://blog.cristolibertador.com/?p=3224 Segundo o pastor batista Gary Chapman existem cinco linguagens distintas pelas quais o ser humano expressa o amor. E é essencial conhecermos a nossa própria, e a dos irmãos, para que nossos relacionamentos sejam mais saudáveis e prazerosos, mas bom mesmo é sabermos qual a linguagem de amor de Jesus para podermos imita-lo.   As […]

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Segundo o pastor batista Gary Chapman existem cinco linguagens distintas pelas quais o ser humano expressa o amor. E é essencial conhecermos a nossa própria, e a dos irmãos, para que nossos relacionamentos sejam mais saudáveis e prazerosos, mas bom mesmo é sabermos qual a linguagem de amor de Jesus para podermos imita-lo.

 

As 5 Linguagens do Amor são:

1. palavras de afirmação;
2. tempo de qualidade;
3. dar presentes;
4. atos de serviço;
5. toque físico.

“Elas influenciam no relacionamento da seguinte forma: sabendo como o(a) companheiro(a) demonstra o amor, fica mais fácil se sentir amada(o), desejada(o) e querida(o)!”, explica a especialista em relacionamento e sexóloga Giovanna Fornasari.

Além disso, saber como o outro recebe amor, também “facilita” na hora de demonstrar amor. Se os dois estiverem sempre atentos a isso, as chances de um relacionamento ser duradouro é maior.

 

A Linguagem de Cristo

Sendo homem, porém perfeito e sem pecado, Cristo transitava livremente nas cinco linguagens para demonstrar todo seu amor aos homens.

Contudo, sabemos através do tempo que gastava em oração, unido ao seu Pai do Céu, que Deus se sente amado com – tempo de qualidade. Sim, tudo que Cristo iria fazer, antes passava pelo crivo do Pai em longas horas de oração. Sozinhos.

A prova cabal é quando nosso Senhor chama atenção de Marta, que atribulada com muitas coisas, querendo servir ao Senhor, perde a melhor parte, aquela que sua irmã Maria escolheu. Estar aos pés de Jesus, falando e ouvindo-o (Lc 10,38-42).

Quanta diferença em minha miserável vida cristeira fez essa descoberta. Deus não precisa de presentes, não dá para ser tocado, não necessita dos meus serviços e se quer de minhas palavras de afirmação, Ele só quer estar comigo!

Estava comigo no exército, na ambulância, nos bares, em minha casa. Mesmo tendo sido inúmeras vezes ignorado, cancelado na linguagem contemporânea, Ele estava lá, me ofertando a melhor parte.

 

A Linguagem do Infante

Eu sempre amei através do serviço, e sempre me senti amado Igual a Jesus, com tempo de qualidade. Amo estar com quem me ama e amo servir a quem amo. Nisto me sinto mais Cristeiro.

Jesus deixou claro que a linguagem de amor que demonstra que de fato o amamos é a de atos de serviço. Amar o irmão, serví-lo é o resumo da lei e dos profetas, e quem não pratica isso, e diz que ama a Deus é um baita mentiroso e hipócrita (1 Jo 4,20).

Na minha história várias vezes dei a vida por meus amigos, a maioria delas de maneira equivocada, imprudente e egoísta. Mas a minha meta é como o Senhor, dar a vida por quem não tem vida. Hoje já não sirvo para servir, como um dia servia, mas sigo servindo.

Hoje posso como Maria estar mais aos pés de Jesus amando-no através da oração, escutando-no atentamente. Porém, o fogo do servir não se apagou em meu peito. Sigo servindo. Ja fui até chamado de imprudente por isso, mas não ligo, posso ser imprudente, mas mentiroso não.

E aos que me chamam de imprudente, pergunto! Qual a prudência da cruz?

 

Abaixo um vídeo explicativo das cinco linguagens do amor uma a uma:

 

LEIA TAMBÉM:

 

QUE VIVA CRISTO REI

Memórias de Infância

 

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QUE VIVA CRISTO REI https://blog.cristolibertador.com/que-viva-cristo-rei/ Fri, 27 Oct 2023 13:02:39 +0000 https://blog.cristolibertador.com/?p=3185 Sempre fui meio espalhafatoso, ainda jovem nos botecos que frequentava, com os amigos na mesa de truco, bradava com entusiasmo uma mão farta de zap, copas e pica fumo. Entre um corote e outro, piadas, risos altos, muita zoação. Logo após a decepção da expulsão do Exército Brasileiro, fui inscrito por minha mãe em um […]

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Sempre fui meio espalhafatoso, ainda jovem nos botecos que frequentava, com os amigos na mesa de truco, bradava com entusiasmo uma mão farta de zap, copas e pica fumo. Entre um corote e outro, piadas, risos altos, muita zoação.

Logo após a decepção da expulsão do Exército Brasileiro, fui inscrito por minha mãe em um concurso público para ser motorista de ambulâncias. Passei, e lá trabalhei por longos 35 anos. Sirenes, arrancadas, buzinas, lamentações, gemidos, barulho. Minha vida sempre foi barulhenta, como que um “front de guerra” em pleno bombardeio. Dizendo que viva cristo rei

 

Fui encontrado

Em meio a tanto ruído, a tanta correria, e grandes frustrações, a voz do Cristo irrompeu em meu coração, no ano de 2005, num retiro do grupo de oração da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no Piqueri, em São Paulo. Assim, como quase tudo na minha vida, fui surpreendido. O Senhor Jesus me encontrou.

Não digo que encontrei o Senhor, foi Ele quem me encontrou em meio à correria cotidiana. O ativismo e constante barulho sempre foram refúgio para mim, fuga. O Cristo vivo me parou. As decepções não me pararam. A doença não me parou. O trabalho, os amigos, a família, nada me parava, mas Cristo, o mestre de Nazaré me parou.

Lembro-me como se fosse hoje, o momento naquele retiro kerigmático em que o intercessor impôs as mãos sobre minha cabeça e orou. Naquele instante toda a correria parou, o Senhor me perguntava: porquê? Eu não sabia responder. Fui batizado no poder do Espírito Santo, e o ruído dentro de mim cessou. Silêncio. Paz. Aquela que sempre admirei mas nunca havia experimentado, enfim havia me alcançado.

 

A Metanóia

A partir daí, os botecos já não faziam sentido. Os amigos ruidosos já não faziam mais sentido. A vida louca de socorrista não fazia mais sentido. A única coisa, ou melhor, o único alguém que fazia sentido era Cristo. O Rei do Universo.

Ó como minha filha Aline e minha esposa Nilda oraram para que eu me convertesse. Para que eu entendesse que a fonte de toda minha inquietação era o vazio de Deus dentro de mim.

Anos mais tarde, já firme e atuante na Igreja Católica, no então Ministério de Artes Cristo Libertador pude fazer o que sempre fiz de bom na minha vida. Correr. Não mais pro mundo, mas para o Reino. Não mais com o pecado, mas do pecado. Não mais em vão, mas como São Paulo em busca da coroa da salvação, para mim e para os meus.

O grito e a voz estridente ainda são minha marca. Não truco mais ninguém, desde que fui trucado por Jesus. Hoje sei o porquê. Hoje encontrei a paz inquieta de verdade e por mais que aos quase 70 anos minha saúde não me permita mais muita coisa, sei que ainda posso gritar “QUE VIVA CRISTO REI!”

 

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Um infante consagrado

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Memórias de Infância https://blog.cristolibertador.com/memorias-de-infancia/ Fri, 01 Sep 2023 13:06:28 +0000 https://blog.cristolibertador.com/?p=3089 Jogar bola na rua de casa sempre foi para mim, um grande prazer. Correr, marcar, chutar, driblar, tocar, comemorar, são verbos corriqueiros na vida de qualquer garotinho no país do futebol. Verbos prazerosos, e comigo não foi diferente. Eu e meus dois irmãos disputávamos a posse de bola com fervor, ainda identifico as marcas quase […]

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Jogar bola na rua de casa sempre foi para mim, um grande prazer. Correr, marcar, chutar, driblar, tocar, comemorar, são verbos corriqueiros na vida de qualquer garotinho no país do futebol. Verbos prazerosos, e comigo não foi diferente.

Eu e meus dois irmãos disputávamos a posse de bola com fervor, ainda identifico as marcas quase invisíveis de nossos embates em minhas pernas. Que saudades!

Em 1970 não existiam video-games, celulares, e o computador ainda parecia uma geladeira de frigorífico de tão grande. A diversão era na vida real. Minha mãe nos abençoava, nos exortava sempre com o mesmo sermão, e antes de acabar já estávamos peloteando pela rua.

 

Crianças sendo atacadas!

As crianças da minha época eram mais leves, menos preguiçosas, e mais criativas em sua maioria. A Revolução sexual da década de 70, estava apenas começando e seus efeitos nocivos não atingiram a minha infância. Fomos privilegiados. Pelo menos eu acho.

Hoje a infância tem sido cruelmente atacada, roubada, até mesmo das famílias mais preparadas. Pureza e inocência, virtudes essenciais e próprias dos pequeninos são destruídas pelos próprios pais logo nos primeiros anos de vida de seus filhos.

Escolas? Não preciso nem citar. Hoje a esmagadora maioria são academias de emburrecimento e bestialização. Vejo muitos reclamando da falta de vagas nos colégios, por mim poderiam faltar todas as vagas.

 

Uma bela obra de arte

Voltando às memórias maravilhosas, porque escola é uma coisa que me deixa nervoso desde aquela época, lembro da roupa de missa que eu usava, do kichute que dividia com meus irmãos, dos tampões dos dedos arrancados, das vidraças e plantas quebradas pela falta de pontaria, de correrias, de escondimentos, de risos e de choros. Todos compondo uma obra de arte belíssima, de cores vivas e vibrantes.

Hoje com a limitação de minhas pernas e intensificadas pela hemodiálise, gosto ainda mais de voltar nessas memórias não com melancolia, mas como meio de alívio e de transcendência. Diz meu Senhor que o Reino é dos pequeninos e voltar a este tempo me ajuda a cultivar a alma pequena e leve dentro de mim.

 

Agraciado

Não, não trocaria os dias de hoje, pelos de outrora. Aquele tempo passou e amo quem sou hoje, e hoje tenho a consciência de quão agraciado sou e fui na minha infância. Essa consciência vale ouro. Revisitar as lembranças boas reaviva em mim o amor de Deus. Como fui e sou amado. Como fui e sou sustentado pelo Pai do céu.

Oro pelos meus dois netos, e para os filhos de meus irmãos de comunidade para que vivam sua infância de maneira abundante como vivi, e para minha filha e meus irmãos em Cristo para que sejam bons pais, de modo que na velhice cada criança interior possa permanecer viva, como a minha permanece até hoje!

 

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A vingança não vale a pena

 

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A Esperança é a ultima que morre https://blog.cristolibertador.com/a-esperanca-e-a-ultima-que-morre/ Thu, 10 Aug 2023 23:24:51 +0000 https://blog.cristolibertador.com/?p=3006 O mundo moderno com sua pedagogia imediatista tem formado homens destemperados, impacientes e desesperados. O Senhor da Esperança me formou na contra mão de tudo isso. Aprendi pela dor a esperar, a vencer a ansiedade, e a ter fé.   Forjado na dor No fim de 2019, já com 63 anos recebi a notícia que […]

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O mundo moderno com sua pedagogia imediatista tem formado homens destemperados, impacientes e desesperados. O Senhor da Esperança me formou na contra mão de tudo isso. Aprendi pela dor a esperar, a vencer a ansiedade, e a ter fé.

 

Forjado na dor

No fim de 2019, já com 63 anos recebi a notícia que mais temia, os meus rins já não davam mais conta de filtrar meu sangue, e a partir daquela data eu era um paciente renal dialítico.

Foi um baque para mim. Apesar das enfermidades que acumulei ao longo dos anos, essa limita demais meus deslocamentos, além de após cada diálise ficar fraco, fisicamente falando.

A esperança que cultivo em meu coração é a de um transplante de rins, mesmo com minha idade avançada, e com a doença rara no sangue (safe), acredito que minha vez chegará! O meu Divino General jamais me desamparou, não o faria agora.

Enquanto isso, espero, aprendo, me purifico e glorio a Deus. Tenho ofertado esta frustração, e a demora da graça pela conversão dos pecadores, pelo alívio das almas do purgatório, e pela santificação de minha comunidade.

 

Por um tris

Há quase dois anos, recebi a ligação do hospital Servidor Publico, havia um rim compatível comigo. Foi por um tris. Os médicos recuaram por conta do risco oferecido pela doença do sangue. Foi quase. Frustração. Mas a esperança segue firme. A cada tris frustrado, a esperança aumenta em quilômetros.

Esperar contra toda esperança (Rm 4,18) não é para qualquer um não. Todavia, sei que hoje soldados sofrem mais que eu, em guerras desnecessárias. Crianças e idosos, mais velhos que eu, sofrem. A minha espera é dádiva e apesar de difícil tem me santificado.

 

A paciência gera esperança

O que constantemente vem a minha cabeça é a frase de Jó – “o Senhor deu, o Senhor tirou, em todas as coisas bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1,21). A vitória do Cristão sempre chega. Ou de um jeito ou de outro. Toda morte vencida, gerou, gera e sempre gerará vida!

Além de tudo isso, que relatei acima, tenho exaltado a Deus por este corpo que possuo. Como é difícil assumir a idade que se tem, quando a mente quer voar para novas experiências e se doar pelo reino. Mas graças a este corpo é que aprendo a amar e ser amado. A esperar. A ter paciência. A ter fé.

A Esperança para nós cristãos, jamais morre, ela ressuscita sempre!

 

O infante

A vingança não vale a pena

Um infante consagrado

 

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Um infante consagrado https://blog.cristolibertador.com/um-infante-consagrado/ Thu, 03 Aug 2023 23:38:49 +0000 https://blog.cristolibertador.com/?p=2983 A palavra infantaria designa o batalhão de frente de um exército, aqueles que primeiro terão a oportunidade de arriscar suas vidas pelo propósito de suas nações. Alguns diriam que somos afortunados, outros que somos azarados e fadados a morte. Eu sempre fiquei com a primeira opção. O lema da infantaria do exército brasileiro é “morrer […]

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A palavra infantaria designa o batalhão de frente de um exército, aqueles que primeiro terão a oportunidade de arriscar suas vidas pelo propósito de suas nações. Alguns diriam que somos afortunados, outros que somos azarados e fadados a morte. Eu sempre fiquei com a primeira opção.

O lema da infantaria do exército brasileiro é “morrer com dignidade”. O lema da infantaria de Cristo, dos chamados cristãos, é “morrer em santidade”.

 

Morrer em Santidade

Claro que santidade engloba dignidade, mas vai além. Para os mártires de nossa santa Igreja não há forma mais digna de morrer do que em nome da fé, em defesa do nome de Cristo, e em amor aos irmãos.

Por consequência, tendo sido encerrada minha carreira no exército devido à uma falta grave, hoje busco honrar o alistamento consagrativo que assumi em 20 de julho de 2015 e que pela graça de nosso Senhor pude assumir em 20 de julho de 2023. O caminho foi longo, mas cheguei.

Confesso que por algumas vezes pareceu que eu não chegaria, mas a fé dentro do meu peito dizia sem pestanejar que eu iria chegar.

 

(Meu alistamento para o início da minha caminhada para me tornar um com O Sagrado, em 20 de julho de 2015)

 

(Minha consagração definitiva, e 20 de julho de 2023)

 

As lutas

Durante esses 8 anos de formação, perdi meus rins, fui internado mais de 10x, a doença em meu sangue se agravou, e quase fiquei cego. O corpo parece estar no limite, mas a alma pulsa e vibra como quando com 18 anos adentrei as instalações da FAB.

O que mais tem sido difícil para mim é aceitar as limitações e utilizá-las como trampolins de santificação. Ofertá-las, sem a frustração da ausência da cura, é dolorido, algumas vezes desesperador.

Aprendi a servir no que dá, e a tomar o meu lugar, por mais simples que seja. A imprudência não faz ninguém santo, então, hoje, não abuso. Quer dizer, quase nunca abuso… É, para falar a verdade estou tentando não abusar! É difícil ter a alma de um infante em um corpo de general aposentado por invalidez.

 

Desperta juventude

Resolvi escrever, para que além de pau para toda obra, possa ajudar os obreiros mais novos a progredirem mais velozmente. Sim, o fato é que a juventude tem se perdido por falta de bons exemplos, ou por excesso de maus. E eu apesar de tudo, fui eleito. Escolhido.

Posso e quero influenciar homens como eu a não pararem em qualquer dificuldade. A ofertarem suas enfermidades, e jamais negarem sua identidade.

Ah se eu tivesse a força da juventude em minhas pernas e braços outra vez, derrotaria os filisteus destes tempos como Sansão, e jamais me apartaria de uma boa briga de evangelização como São Paulo. Mas tudo bem, sem saudosismo, e melancolia, aprendi que um infante do Senhor jamais perde a alegria.

 

Seguimos!

 

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A vingança não vale a pena https://blog.cristolibertador.com/a-vinganca-nao-vale-a-pena/ Fri, 16 Jun 2023 17:36:38 +0000 https://blog.cristolibertador.com/?p=2921 Em 1976 começava a realizar um grande sonho, integrar o Exército do Brasil. Neste ano me alistei, e tive a graça de ser aceito, iniciando meus serviços em 1977. Estava realizado e me sentindo o homem mais forte deste mundo. Afinal, chegou o tempo de eu mostrar o meu valor e poder contribuir de alguma […]

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Em 1976 começava a realizar um grande sonho, integrar o Exército do Brasil. Neste ano me alistei, e tive a graça de ser aceito, iniciando meus serviços em 1977. Estava realizado e me sentindo o homem mais forte deste mundo. Afinal, chegou o tempo de eu mostrar o meu valor e poder contribuir de alguma forma para o crescimento do meu país. Pena que distraído acabei eu mesmo com o sonho que tanto busquei.

Meus pais já haviam se separado há algum tempo, vivia com minha mãe e tinha sido criado por meu irmão mais velho. Éramos em três, um cuidava do outro, fomos pais logo cedo. Agora na época do exército sentia, finalmente, a liberdade e o autocontrole virem para minhas mãos. Além disso, era a chance de eu construir com minha carreira um futuro melhor para minha mãe.

 

O Batalhão

               Tinha sido admitido no 4º Batalhão de Infantaria Blindado, localizado na Carapicuíba, em São Paulo. Amava estar naquele lugar, e apesar da disciplina dura, e o tratamento severo que recebíamos, sentia que toda a ausência de um pai, estava sendo suprida por cada ensinamento que recebia naquele lugar.

Fiz amigos em meu batalhão, e a sensação é que havia encontrado a causa pela qual dar a minha vida. Aprendi a manusear armamentos leves e pesados, o neném aqui não é mole não. Mas nada é comparado a se dirigir um blindado. Nunca fui ganancioso ou daqueles fanáticos por poder, mas que estar a frente destas máquinas ajuda e insuflar o ego de um homem, isso ajuda muito. Recomendo esta experiência todos os jovens de hoje em dia.

Não tenho dúvidas de que a grande campanha para manchar a imagem do exército ao longo das décadas, faz parte de um plano diabólico de desestabilização mundial das nações independentes, e mais uma artimanha maquiavélica que deseja transformar o homem pós-moderno em um “banana de pijamas”. Se todo rapaz deste Brasilzão prestasse serviço militar, teríamos outro destino, seriamos uma potência.

 

   

A queda

Porém, nem tudo eram flores, em meados de 1979 um amigo do meu Batalhão, o Ivan, acabou se envolvendo numa briga, no seu dia de folga. Acabou saindo muito machucado, o que deixou geral no batalhão muito aborrecido e indignado. Logo, como faísca em barril de pólvora a ideia de vingança e de lavar a honra do irmão, se alastrou.

Sabíamos do risco que era revidar a agressão, podíamos perder a oportunidade de nossas vidas e sermos até presos. Éramos homens, mas não maduros e acabamos atendendo a tentação que nos visitara. Partimos para a emboscada. A paisana e com rota de fuga planejada, fomos até o bar na rua da consolação onde os alunos do Mackenzie costumavam ficar, e lá tentamos dialogar com o agressor de nosso companheiro.

O pau quebrou, literalmente. A verdade é que diálogo era a última coisa que desejávamos, queríamos mesmo era lavar a honra. O Bar ficou quase destruído e nossos inimigos também. Fugimos em direção à Barra Funda, pois se aparecêssemos no Centro da Cidade seriamos pegos pelos PE’s de plantão naquela área. Tudo deu certo, pelo menos era o que achávamos.

Infelizmente alguns dias depois fomos surpreendidos em nosso quartel, por um destacamento da polícia, com um de nossos amigos que era de outro batalhão. Ele havia desobedecido nosso combinado e fugiu para o centro da cidade, sendo pego e delatando a todos nós. Não fomos presos e nem castigados, mas infelizmente o sonho de seguir carreira acabou. Nossa ficha ficou suja. Todos nós tivemos que escolher ficar ou sair, mas mesmo que ficássemos somente poderíamos permanecer até o final do ano. Eu decidi sair, uma tristeza grande, fruto de uma frustração gigante.

 

A vingança nunca é plena

De fato, hoje eu sei que lavar a honra com a dor e o sangue alheio, mesmo dos inimigos não é o melhor caminho, traz danos ainda maiores, envenena a alma. Se tivesse conhecido Jesus mais cedo, creio que tudo teria sido diferente. Amar os inimigos e orar para que se convertam é uma tarefa dificílima e exige uma hombridade imensa. Muito mais fácil é eliminar quem vos persegue, do que suportar a perseguição e retribuí-la com amor, como o Cristo o fez.

A vida seguiu, e apesar dos pesares trago em minhas memórias ensinamentos humanos essenciais que recebi no exército, lá aprendi a dar a vida pelos amigos, da maneira errada, mas aprendi. Hoje sendo do exército do Nazareno sei como, onde e quando dar a vida pelos amigos. Lá aprendi que a palavra de um homem deve ser sustentada e vale muito, com Jesus aprendi que a Palavra de Deus vale mais e sustenta muito mais. Como bom infante, seguimos!

 

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O infante

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O infante https://blog.cristolibertador.com/o-infante/ https://blog.cristolibertador.com/o-infante/#comments Tue, 06 Jun 2023 12:53:19 +0000 https://blog.cristolibertador.com/?p=2908 Não deveríamos ter ido àquela festa tirar satisfação com nossos opositores. Essa atitude impulsiva e imprudente me custou muito caro. Custou o sonho de uma carreira promissora dentro do Exército Brasileiro. Ah se arrependimento matasse. Mas tudo bem, não fui condecorado nas forças armadas de meu país, mas hoje sigo em busca da coroa da […]

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Não deveríamos ter ido àquela festa tirar satisfação com nossos opositores. Essa atitude impulsiva e imprudente me custou muito caro. Custou o sonho de uma carreira promissora dentro do Exército Brasileiro. Ah se arrependimento matasse.

Mas tudo bem, não fui condecorado nas forças armadas de meu país, mas hoje sigo em busca da coroa da vitória prometida por Deus aos seus santos. No passado, “maria vai com as outras”, hoje um homem que deseja ir atrás única e exclusivamente do totalmente outro, o Cristo de Nazaré.

 

O infante

Olá, me chamo Marco Antônio da Costa, tenho 65 anos de idade, sou casado há 39 anos com a Nilda, pai da Aline, e avô do Miguel e da Maria Julia. Tenho apenas o ensino fundamental completo, me origino em uma família humilde de pais separados. Sou portador de uma doença rara no sangue, chamada Safer, e acreditem esse é o menor dos males de saúde que vivo.

Gostaria de compartilhar com vocês e com toda a posteridade dos filhos do Cristo Libertador a minha história, não porque seja meritória, ou especial em alguns momentos, não. Mas por ser extraordinariamente comum, ou melhor, por ter recebido o toque do Extraordinário no ordinário.

Não sei quanto tempo ainda tenho, tenho vivido os dias como se fossem os últimos, e na esperança de que tornem a ser os primeiros. É sobre isso que desejo falar. Esperança! Dias de luta, dias de glória! Existe uma música conhecida do rapper Gabriel Pensador que traz este refrão, e que acentua a importância do SIM, em detrimento do NÃO.

É sobre a potência do SIM dado a Deus em minha vida que quero partilhar aqui. E sobre o atraso e o prejuízo do NÃO que dei a Ele por anos.

 

 

O Significado do Nome

Em hebraico, Marco ou Marcos significa guerreiro. Podendo também ser interpretado como brilhante. Em latim significa pupilo do Deus Marte, o deus da guerra violenta e sangrenta.

Antonio etimologia etrusca que deu em latim ‘antonius’, “inestimável”, ou etimologia grega, ‘anthonomos’, “que se alimenta de flores”. Gosto de guerreiro inestimável! Tenho buscado viver os dias atuais com isso na mente. Lutar sangrentamente, se for preciso, pela minha santidade, de minha família e de minha comunidade.

É verdade que busco saúde para o corpo, e que tem dias que a tristeza por não encontrá-la se abate sobre mim. Mas faz parte, em uma guerra o sucesso é medido pelo nível de resistência e não pelo número de vitórias! Permanecer. A palavra do ano de minha comunidade.

Confesso que me alimento mesmo de flores, não posso reclamar não, tenho mais do que mereço. Amo ser útil. Amo servir. Amo partilhar minhas flores e vira e mexe sou cobrado e corrigido por esconder minhas dores. Um infante não pode demonstrar suas fraquezas, precisa ir a frente e se lançar por primeiro. É o que faço!

Que as memórias que vou partilhar aqui, possam ajudar a cada um que tiver acesso a elas, de alguma forma, ainda que seja apenas a resistir aos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento de vosso dever!

Nestes dias agradeço o arrependimento não matar, afinal, amo viver, e descobri que é melhor viver arrependido do que morrer no erro.

 

 

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