Unfriended – Amizade Desfeita

 

Fique em paz, NÃO CONTÉM SPOILER, até porque não curto este tipo de entretenimento, pesado e cheio de intenções demoníacas. Não, não vi o filme, e escrevo este texto a partir de críticas que li sobre o enredo e a “grande inovação” com que o longa metragem foi produzido.

Para você que chega agora, e não leu e nem viu nada sobre, estamos falando do filme de terror UNFRIENDED – Amizade Desfeita. O filme é de 2014 e veio à tona agora por conta da alta dos aplicativos que permitem reuniões em grupo, de modo on-line. Em tempos de pandemia, quem é que ainda não usou o ZOOM, ou o TEAMS por exemplo. Pois é, então a divulgação do filme aproveitou a onda para dar um upgrade, afinal, o enredo do filme, bem como a gravação toda foi feita em ambiente que simula estas interações on-line.

Vamos ao resumo:

Quando um vídeo constrangedor de Laura Barns (Heather Sossaman) cai na internet, a menina tira a própria vida no pátio da escola. Um ano depois, um grupo de seis amigos (Courtney Halverson, Shelley Hennig, Renee Olstead, William Peltz, Moses Jacob Storm e Jacob Wysocki) conversam via Skype e percebem que há uma sétima pessoa desconhecida na vídeo conferência, que revela ser sua ex-colega de classe, Laura, exigindo saber quem postou o vídeo que a levou à morte. Eles pensam que é uma brincadeira, mas logo descobrem que há algo estranho, já que a menina começa a revelar segredos dos amigos e os ameaça de morte.

Algumas críticas (retiradas do site abaixo):

CRITÍCA DO FILME – LINK

Unfriended é mais terror psicológico do que terror susto, e a interação entre os amigos e suas histórias acabam sendo muito mais interessantes do que simplesmente esperar sentar e esperar os sustos chegarem.

Podemos absorver, mesmo que de levinho, uma crítica á superexposição online e o mal que ela causa, além dos comentários cruéis que as pessoas fazem (“Todo mundo estava comentando, então nós comentamos também. Não falamos de coração, somos boas pessoas”). Laura não era uma menina gente boa, mas a pressão sofrida pelo vídeo e os comentários fizeram com que ela chegasse ao limite. Hoje vemos muitos casos de pessoas que se matam por fotos íntimas divulgadas pela internet, e isso é um problema muito real. O roteirista com certeza não teve problema para encontrar inspiração.

A nossa crítica

Bom saindo um pouco da crítica clichê que sabemos ser autêntica, mas de fato passada, sobre a superexposição desnecessária e sem escrúpulos na internet e o cyberbulling, gostaria de tratar com vocês sobre estes entretenimentos que te levam a uma MENTALIDADE VINGATIVA, DESUMANA, PARA NÃO FALAR DEMONÍACA.

Ao assistir filmes como este, somos levados instantaneamente a permitir que nossos justiceiros internos se revelem, e torturas como a que o suposto espírito da suicida empreende sobre os jovens, passam a se lícitas, e alguns de nós chegam a acha-las justas e merecidas. 

Sei do que estou falando. Já assisti três temporadas da série “La Casa de Papel”, e não é que torci pelos ladrões. Ainda que haja um pano de fundo heroico e romântico, passei a torcer pelo psicopata do professor, e isso está errado, vai me corromper. Com você foi diferente? Pois bem, o mesmo ocorre em Unfriended. Torcemos pelo espírito maligno justiceiro que tortura e mata os jovens, simplesmente porque ficamos indignados com a desumanidade com que expuseram à amiga.

Permitimos, graças a momentos de entretenimento, que anos de uma catequese suada e luta pela santidade sejam jogados fora. Valores do Evangelho esquecidos, postos de lado. Perdão, misericórdia e amor ao próximo, viram balela. Especialmente quando estas obras de ficção são bem reais, simulando episódios já ocorridos e condenados, ou então trazendo mentiras travestidas de verdades, como é o caso do retorno de espíritos, que sabemos ser impossível, a não ser que sejam demônios mesmo, o que só piora ainda mais o que está já estava ruim.

Nem tudo que reluz é ouro

Cuidado! Nem tudo que reluz é ouro, já dizia o sábio. Já ouviu falar que a cultura é a melhor forma de manipular e destruir um povo? Não, então precisa estudar mais história e especialmente passear pelos corredores do “Marxismo Cultural”. 

Pois é, se ficarmos permitindo que nossas casas sejam assoladas por vingança, violência, adultério, pornografia, malícia, comunismo, mentira, com o tempo deixaremos de estar assistindo um simples filme, e seremos parte da tragédia de destruição de nossos valores, de nossa fé, de nossas famílias, e por aí vai.

Não podemos por minutos de diversão, que quando somados não são só minutos, mas horas e horas, jogar fora a salvação de nossas almas e das almas de nossos entes queridos. Fiquemos com o conselho do apóstolo:

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine” (1 Cor 6,12).

A amizade será desfeita

A pergunta que não quer se calar é: e sua amizade com Deus, existe? Ou já foi desfeita? Você percebeu que foi desfeita? Ah, ainda não foi, mas está quase? Calma então bora parar de gastar tempo com esse bando de coisa ruim que só semeia em nosso interior a inimizade com Deus e com seu evangelho, e bora se dedicar mais à vivência fraterna, à evangelização, à vida de oração, e à entretenimentos mais sadios.

Lembre-se o Senhor, e só Ele deu, dá e dará a vida por nós verdadeiramente, então, amigo melhor que esse não há. E para ser amigo de Jesus precisamos parar de fazer programas que Ele não faria. Escutar músicas que Ele não escutaria. Frequentar lugares onde Ele não está, e nem frequentaria a não ser para te resgatar.

“Vós sois meus amigos, se praticais o que Eu vos mando” (Jo 15,14).

Bom, sem muitas delongas, é isso. Finde com a amizade para com Satanás e seus anjos vingativos, ladrões, homicidas e mentirosos, e reate sua amizade íntima com o Cordeiro de Deus, Ele perdoa, ama, liberta e jamais paga o mal com o mal. Se vivêssemos os valores evangélicos de verdade estes entretenimentos  diabólicos não fariam sucesso nunca. Que tal nos convertermos?

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