The Old Guard

CONTÉM SPOILER!!!!
Recentemente recebemos a indicação de um filme chamado “A Velha Guarda”. A indicação veio de um post de nosso querido irmão Hugo Santos, fundador da Comunidade Colo de Deus.

Gentileza gera gentileza, santidade gera santidade.

Post:

Bom, o post de nosso irmão já resume muito bem o enredo do filme, e traz umas das belíssimas reflexões que esta obra de ficção propõe, o legado que podemos deixar quando resolvemos fazer a coisa certa, no nosso caso sermos santos.

Quem pode medir o alcance que os sacrifícios de inúmeros santos, que seguiram o exemplo de Jesus doando suas vidas? Se olharmos para as ordens, congregações, institutos e novas comunidades que alguns fundaram podemos mensurar parte disso, mas jamais teremos noção da magnitude desta cadeia de propagação do amor.

O Senhor deu, o Senhor tirou

No filme, o time principal, os imortais deixam claro em seus discursos que o dom da imortalidade e também a perca deste dom pertencem a Deus. É Ele quem determina a hora de viver e de morrer de todos nós.

O sobrenatural concede o poder, mas depois de séculos de lutas e batalhas, ou décadas, a imortalidade some e a morte chega.

Lembrei na hora de uma das leituras breves que fazemos na liturgia das horas, nas laudes:

“Nu eu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá. O Senhor deu, o Senhor tirou; como foi do agrado do Senhor, assim foi feito. Bendito seja o nome do Senhor! Se recebemos de Deus os bens, não deveríamos receber também os males?” (Jó 1,21; 2,10b).

É belíssimo poder viver como Jó aceitando tudo o que o Sumo Bem nos oferece, ainda que pareça um grande mal, se vem de Deus só pode ser um grande bem.

A verdadeira imortalidade

Além disso, no caso do filme, fica nítido que vida imortal só se for pela santidade mesmo, há um sofrimento na vida dos protagonistas por não poderem acompanhar mais a vida dos que amam e são mortais, e o luto e a solidão são excruciantes para eles.

Que belíssimo poder ver como heróis da fé como Santo Elias, São Paulo, Santa Faustina, São Maximiliano e tantos outros ainda vivem literalmente no céu, claro, intercedendo por nós, mas, também vivem nas memórias e ensinamentos que deixaram para uma legião de cristãos que se convertem dia após dia e perpetuam o legado que deixaram.

Onde tudo isso começou? No verdadeio imortal que se fez mortal por amor a mim e à você, nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina para sempre.

Aliás, para sempre, é um termo muito usado pelos personagens. “Estamos juntos, e para sempre”. Esta fala é real para nós, e vem dos dulcíssimos lábios santos de Jesus – ” […] e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mt 28,20).

A fé é o princípio da Esperança, e leva a Caridade.

Quando Andy, a chefe dos imortais, perde a fé no sobrenatural e na humanidade como um todo, se desfalece sua esperança e por fim a caridade passa a não fazer mais sentido.

Porque lutar por um mundo que a grosso modo, só piora? Porque dar a vida por uma ou duas pessoas, quando existe uma multidão de pessoas ruins, maldosas que só pensam no lucro, no prazer, e no poder?

Andy só recobra sua fé quando vê as consequências do bem que fez por séculos, e mesmo agora uma reles mortal, resolve seguir dando sua vida, com fé e esperança, sabendo que a caridade é dar a vida pelos irmãos, e isso impacta o mundo absurdamente.

Sendo mortal novamente, ela faz memória de porque, ou por quem vale a pena dar a vida.

O princípio de tudo é a fé.

Como não se lembrar de nosso Senhor:

“Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Fl 2,6-8).

“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15,13).

O principio de tudo é a fé, infusa, teologal, sem ela não há esperança, sem ela a caridade é mero assistencialismo.

Que sejamos santos nas pequenas e grandes missões. Plantando Tâmaras, sabendo que não seremos nós que colheremos os frutos. Quem vai potencializar este amor, expresso na doação de nossas vidas é o próprio Amor, o Espirito de Deus, e aí meu irmãos e minha irmã colocaremos fogo no mundo!

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