Quero mesmo ser santo?

Não faz muito tempo, passamos o dia de todos os santos e finados e após ouvir algumas pregações a respeito, o Senhor me inspirou com algumas reflexões:

Muito se fala sobre o caminho de santidade, o que fazer ou não para se tornar um santo, dizemos que queremos chegar no céu e lá, cremos que encontraremos Jesus e que estaremos ao lado de Deus.

Temos diversos teólogos e doutores da igreja falando sobre a santidade e sempre que vejo e ouço, se trata de como trilhar essa jornada (o que é extremamente importante), mas não me recordo de ouvir muitas vezes a respeito do depois. O que vêm depois que morrermos e nos tornarmos santos?

 

Porque almejamos a santidade?

 

É claro que ninguém quer queimar no inferno com a “ausência de Deus e sofrendo os tormentos dos próprios pecados” (Sta Faustina) e que todos querem estar ao lado de Deus, tudo isso é óbvio, mas quero te convidar a ir além, dar outro passo e ter uma visão a mais sobre o assunto.

 

Hoje, quero fazer um paralelo entre a terra, a minha e sua rotina e o dia que se Deus permitir, chegaremos na comunhão dos santos.

Com a correria do dia a dia, para sair com um amigo e tomar um simples café por 2 horas e ofertar esse tempo a ele, precisa amá-lo muito, certo?

Porque cargas d’água, você acha que passará toda a eternidade com Deus se não dedicar tempo suficiente a Ele nutrindo um profundo amor?

O que faz um santo? Louva, adora, glorifica a Deus. Você já está fazendo isso em vida? Porque se não faz, qual a chance de Deus achar que você fará no céu?

 

Intercessão perene

 

Mas o ponto central dessa reflexão é, quantas vezes você precisou de uma graça e recorreu ao seu santo de devoção? Imagino que não tenha sido nem 1 nem 2 vezes, mas sim centenas de vezes. O que me faz crer que os santos não passam os dias no céu tomando chá da tarde com Jesus.

 

A vida chega ao fim, mas o “servir” não!!! Com certeza é uma intercessão incessante.

Em resumo, nos tornamos santos para ficar intercedendo pelas pessoas.

Já imaginou o quanto de pedido São José, Santa Rita, Santo Expedito, Santo Antônio, São Francisco, São Bento, etc. recebem diariamente?

É súplica atrás de súplica para que Deus atenda as preces de tanta gente.

E aí eu te pergunto, você já tem o hábito de interceder pelas pessoas, por diversas causas e realidades que o mundo vive, pela comunidade, pelo clero, pelo mundo… de clamar a misericórdia constantemente por elas? Ou você é indiferente a tudo isso? Consegue sentir no seu coração a angústia, o sofrimento, a ferida do coração do outro? Você gosta de rezar por elas?

 

Para alcançar o céu

Porque interceder não é apenas recitar uma “Ave Maria” mas segundo o Padre José Eduardo, é sentir a dor do outro.

Meu irmão, preciso te dizer que se o seu sonho é ser um santo de altar e você ainda não têm esse hábito, está atrasado, afinal se você não faz e não quer fazer em vida, por que o faria depois de morrer? Falta de tempo? Mas não empenhamos o nosso tempo onde está o nosso coração? Se o nosso coração não estiver em Deus e no que é importante para Ele que é a dor do próximo, não sei se alcançaremos o céu.

A rotina de um santo, certamente não é passear no jardim contando piadas com Jesus, e sim pedir piedade pelas almas aflitas que estão aqui buscando a misericórdia de Deus.

 

Que a intercessão seja um hábito na vida, afinal, é o que os santos mais fazem. Pratiquemos!

 

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