O NOVO DOCUMENTÁRIO DA LUÍSA SONZA

Primeiro ponto que gostaria de deixar claro aqui é: esse texto não será sobre jogar hate nela e muito mesmo chamá-la de demônio e tudo isso aí, que todo mundo já chama. É uma outra perspectiva, principalmente, com base no documentário que saiu na última quarta-feira (13/12). 

Apenas para darmos um contexto, trata-se exclusivamente da vida profissional, amorosa e pessoal da cantora. Relatando sobre a construção da sua carreira, desde a época que fazia covers no YouTube até a ascensão aos grandes palcos. 

Diante de várias partes intrigantes, gostaria de destacar apenas três pontos:

 

1. A Exposição do Íntimo Sagrado, o torna Profano 

Fazendo referência a uma de suas músicas, essa relação de exposição é o que fica nítido ao longo do documentário inteiro. Luisa se expõe de uma forma gigantesca, ali conseguimos ver muito mais do que a exposição do seu próprio corpo, mas a exposição da sua parte mais íntima: o feminino. 

Não preciso falar muito disso, todo mundo sabe ou já viu algum “escândalo íntimo” dela exposto na mídia, de maneira especial, nos seus últimos lançamentos e clipes. Ao ponto de, hoje, ela profanar-se a si mesma, a todo tempo expor sua intimidade e seu corpo. E ATENÇÃO, o corpo feminino NÃO É, de maneira alguma, ruim, feio, subjugado. 

Ai daqueles que acham isso, mas uma coisa é fato: ele é tão belo, que não deveria ser exposto, pois junto com o físico vem a exposição da alma também. Não somente para aqueles que criticam suas músicas e sua vida, mas também para aqueles que são fãs da cantora. Qual é a mensagem? Exponha-se, seja empoderada e fique doente da cabeça! 

Novamente, o íntimo feminino deveria ser revelado para poucos e para pessoas de confiança. É sagrado, e o sagrado precisa ser preservado, se não a palavra perde em si, sua essência. Distorção pura da bondade, da verdade e da beleza! 

 

2. A Idolatria da Loucura 

Um dos diretores que aparece, diz que ela é um símbolo de liberdade para a nossa geração, no caso, a minha geração. Mas, do fundo do meu coração, que liberdade? Liberdade de alguém que não consegue manter-se em um relacionamento? De alguém que todas as vezes está em busca de chocar o público, para conseguir mais fama e dinheiro? 

Vi muitas pessoas elogiando, dando aplausos, empoderando e idolatrando, claramente, uma mente doente. Se acha que estou exagerando, convido fortemente que assista o documentário, e tire suas próprias conclusões, porque somente alguém que esteja naquele mundo, acha que é normal. 

É nítido que a Luísa Sonza não está bem, de saúde e principalmente mentalmente. Sendo bem sincera, eu fiquei pensando em quanto assistia, o quanto ela deveria conhecer um terapeuta certo. Por isso que, não merecia o tanto de hate que sofre, pois só piora a situação, mas ela insiste em estar em evidência de uma forma ruim e isso traz suas consequências.

 

3. O Significado da Música pra ela

Uma das partes mais legais do documentário pra mim, foi quando ela dizia sobre o que é a música pra ela. Serve para sentir e tudo é válido para sentir cada uma das emoções, porque ela não quer perder nenhuma, pois é daí que saí suas melhores letras, segundo ela. De fato, a música tem esse poder mesmo.

Eu amo música, e amo sentir através da música, ela tem a capacidade de nos levar a outros lugares, a experimentarmos emoções até então “bloqueadas”, pois música boa mesmo não é feita somente para vender. E aqui está o grande perigo de entrarmos no mundo fantástico dos sentimentos e emoções, pois para sair, custa demais e dá muito trabalho.

Nossa sociedade parece que vive nesse mundo, e ninguém está muito a fim de sair não, infelizmente. Trancados em si mesmos, buscando o sentido de existência que a muito tempo já nos foi apresentado.

Diante de tanta excitação por profanar e profanar-se, parece que inconscientemente, é pelo Sagrado que tanto gritam.