Com certeza você já leu algum dos evangelhos que tratam da multiplicação dos pães. Se não leu, a pergunta é: em que mundo você vive? Nela encontramos a chave para o sucesso de qualquer empreitada em qualquer área de nossas vidas!
A epifania
Leia Mc 8,1-10 (evangelho de sábado passado, dia 13/02/2021). Aprendemos dos santos padres de nossa Igreja e dos grandes exegetas atuais, que toda vez que um texto bíblico traz muitas referências numéricas precisamos ficar atentos, pois com certeza há uma grande manifestação de Deus sendo transmitida, e um grande ensinamento a ser captado. Uma epifania.
Na pericope que indiquei acima vemos logo de cara uma referência implícita sobre os três dias que Jesus passou na mansão dos mortos antes de ressuscitar:
“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer. Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe” (Mc 8,2-3).
Os números na bíblia
O numeral três remete diretamente à Trindade. E neste trecho a expressão “três dias” nos remete a Jonas o ventre da baleia, e claramente ao próprio Senhor. Durante três dias os filhos remidos de Deus viveram um deserto escasso, tenebroso, sem ter do que se alimentar, mas no terceiro dia o pão descido do céu reviveu e alimentou com sua ressurreição toda a humanidade sedenta de Deus.
O texto ainda nos apresenta o “sete” e o “quarenta”. Os sete pães que após abençoados alimentam quatro mil (1000×40) pessoas e ainda geram sete cestos de sobra trazem o grande ensinamento que quero partilhar com vocês queridos leitores. É o segredo, a chave do sucesso.
Calma, não estou falando de prosperidade material, financeira. Vamos chegar lá. Somente o Senhor é capaz de saciar a fome de seu povo e ainda os prover para o retorno. O Bom Pastor ao pronunciar a bênção de ação de graças faz com que a aparente escassez se transforme em aparente abundância.
O segredo do sucesso
Na verdade a quantidade sete de pães exprime a potencialidade escondida na simplicidade. Infelizmente nosso olhar desatento passa desapercebido por este fato, assim como a grande maioria de nós não enxerga a potencialidade de um simples matrimônio, ou de uma frágil criança que nasce, ou de um carisma nascente, ou de uma missão simples como visitar um doente, dar uma esmola, jejuar, e até orar.
A bênção de Deus é o ponto de ignição. A virada de chave. O fermento. A partir dela não só há multiplicação que produz saciez, mas muito além disso, a providência produz abundância. Produz provisão para o hoje e para os próximos passos. Os famintos da passagem se alimentam e voltam para suas casas com alimento para o percurso de volta. Saciados e providos.
Já falamos disso aqui em nosso blog, sobre o valor da bênção, mas hoje quero enfatizar o poder providencial da bênção de Deus.
O que pode existir e prosperar sem a bênção de Deus? Nada. Sem a bênção de Deus somos eternos falidos. Não seria essa uma das melhores definições de inferno? Lugar dos malditos, que renegaram abençoa do Pai?
Pois é, agora te pergunto, quer que seu casamento comece direito, que seus filhos sejam santos e felizes, que seus negócios prosperem e possam prover a muitos? Peça a bênção de Deus. Através dos sacramentos e principalmente de uma vida de conversão. Afinal, a bênção gera iminente mudança. Passividade nesse caso é renega-la.
Taí o segredo meu irmão. Nada sem a bênção de Deus pode vir a ser tudo. E tudo sem a bênção de Deus é como nada. Quer deixar de ser falido? Pare de buscar falidos para te ajudar. Busque o Senhor da multiplicação, e Ele te saciará e te fará prosperar.
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