Eu prefiro que ele morra!

Já faz um tempo que estou vendo diversas lideranças católicas deixando seu ministério, abandonando sua vocação, infelizmente não foi a primeira, e provavelmente não será a última vez que testemunharei tal fato.

Durante esses anos, já pude ver pregadores deixando a Palavra. Ministros de música trocando o altar pelo barzinho, consagrados de vida deixando sua consagração para ser empresários, padres abandonando o sacerdócio, fundadores saindo de suas comunidades. Que triste realidade, meus irmãos! Que morte terrível!

 

Qual vida vale a pena? 

Com esses fatos que presenciamos, comecei a pensar, que eu preferia que a pessoa morresse dentro da vontade de Deus (vocação) e seu ministério, do que vivesse longe Dele.

Meditei sobre isso na minha vida, e digo primeiro para mim, preferia morrer do que viver longe do que o Senhor sonhou para mim. Quando eu olho para meu fundador, e eu já disse isso para ele, preferia que ele morresse cumprindo sua missão, do que continuasse vivo sem vive-la.

Afinal, qual vida que mais importa? A biológica ou a espiritual? Do que adianta viver uma vida longe da vontade de Deus? É a vida espiritual bem vivida que nos levará a não morrermos mais, viver uma eternidade ao lado de Deus, e é essa que eu tenho medo de perder e que os meus a percam. Por isso, vale mais que a pessoa morra na vontade de Deus, para viver eternamente. Do que continuar vivendo aqui longe dela.

 

A Santa que pediu a morte do filho

Santa Rita de Cássia fez uma oração parecida sobre seus filhos. Seus filhos queriam vingar a morte de seu pai, e ela rezou dizendo que preferia que seu filho morresse do que tivesse sangue em suas mãos vivendo em pecado mortal.

Assim foi feito, os dois filhos de Santa Rita foram acometidos por uma doença incurável e morreram. Antes de sua morte, pela graça de Deus, a santa mãe conseguiu conversar com eles, que perdoaram o assassino de seu pai e morreram.

 

Eu prefiro que ele morra

Eu preferia que meu fundador morresse do que deixasse a vontade de Deus para a vida dele. Já pensou quantas pessoas poderiam se perder por conta desse “não” dado a Deus? Filhos desse carisma que se sentiriam desamparados, perdidos?

E a consequência de tudo isso, seria cobrado em seu juízo final diante de Deus, assim como Jesus diz a Santa Faustina:

“Quando quis afastar-me dessas inspirações interiores, Deus disse-me que, no dia do Juízo, exigirá de mim um grande número de almas.”

Diário de Santa Faustina, 52

Isso faria com que ele ficasse muito tempo no purgatório, ou até mesmo fosse condenado eternamente. Isso sim seria uma dor terrível, quero que ele morra e vá direto para o céu, assim como todos os filhos desse carisma, minha família. Tudo que os afastem do céu deveria doer mais do que a sua morte física para nós.

 

O pecado mata

“Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena.”

Mt 10,28

Não há por que temermos a morte física, o nosso maior medo precisa ser da morte espiritual! Eu preciso ter mais medo de perder minha família para o pecado do que os ver em um caixão.

Se encontrar aqueles que amo em santidade em um caixão, ainda que sinta a dor da perda, o que é normal, aquele momento será somente uma passagem, para alegria eterna, para a vida eterna.

Que o Nosso Senhor nos ajude sempre a vivermos com o olhar na eternidade, tudo aqui é passageiro. Nos ajude a nos mantermos firmes na Palavra, e nos ajude permanecermos na fé até o final. Quem está de pé, cuidado para não cair, hoje somos nós que nos entristecemos com os que deixam a promessa. Mas, se não tomarmos cuidado, os próximos podem ser nós mesmos.

Olhe por você, não dê brechas. Por mais bestas que sejam. Olhe para os céus, zele pelo seu fundador, não deseje uma vida longa a ele, deseja uma vida santa, pois até mesmo a vida longa passa, somente a vida eterna não passa!

“Ó meu Jesus, no dia do Juízo final vós exigireis prestação de contas desta obra de misericórdia. Ó justo Juiz, mas também meu Esposo, ajudai-me a cumprir a Vossa Santa Vontade. “

Diário de Santa Faustina, 660

 

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