Pregar a santidade, em pleno século XXI? Já estamos na terceira década desse século e ainda existe um povo aí, que se denomina católico e que vive pregando que é possível ser santo. Mas isso é utópico, é muito difícil, se não for impossível.
Esse povo é maluco, porque esse negócio de ser santo é coisa de antigamente quando as coisas eram mais fáceis e a vida, mais simples. Santos foram essas figuras de um tempo atrás que estão pintadas nas igrejas, hoje não, hoje a santidade não é possível, e se alguém tem te dito isso, essa pessoa está mentindo.
Quem está mentido sobre a santidade?
Parece que não, mas é só olhar um pouquinho para os nossos pensamentos e vamos perceber que muitas vezes nós católicos assumimos algum desses argumentos ou tantos outros para justificar a nossa falta de vontade de lutar para ser santo. E às vezes isso acontece porque não entendemos o que é a santidade e achamos que quem já tem o nome escrito na história como santo era mais capaz do que nós. O que não é verdade.
Vamos imaginar que a vida é um jogo e que o desenvolvedor do game determinou que o objetivo mais hard desse jogo é conquistar um palácio, mas você pode fazer outras coisas enquanto joga que não necessariamente te levarão ao palácio.
Quando você entra, já existem bilhões de jogadores, alguns que já conquistaram o objetivo, outros que estão perto disso, outros que não parecerem interessados no objetivo e você se vê distante desse palácio.
Então, para conseguir chegar lá, você começa a procurar equipamentos, armas melhores, faz alianças, gasta tempo treinando, vai dormir mais tarde para poder jogar, às vezes erra e acaba percebendo que fez algo que te deixou mais longe do palácio e aí precisa parar e pedir ajudar para conseguir voltar a avançar, até que depois de muita luta você consegue conquistar o objetivo e zerar o jogo.
Mas o que é a santidade?
A santidade não é muito mais que isso. É uma luta diária para alcançar o objetivo de Deus para cada um de nós quando ele decidiu nos dar a vida. Um santo não aparece do nada, o nome disso é ninja. Santo é aquele que percebe que é amado por Deus, enxerga que o seu amor por Deus é infinitamente menor e miserável e decide se esforçar para não ofender ao Senhor e amá-lo diretamente, em si e no outro e faz isso até o sangue.
O extraordinário aqui, é que a santidade apesar de contar com o esforço, é Graça. Ou seja, é o Senhor quem concede aos seus serem santos. Como tudo em nossa relação com ele, o caminho de santidade tem sempre o primeiro passo de Deus (Graça) e o nosso (esforço) como resposta.
E notável que decidir-se por não ofender e amar a Deus não significa que você não irá pecar de novo, isso começa a acontecer apenas lá pela quarta ou quinta morada. A nossa natureza é machucada pelo pecado original, mas nós sempre podemos melhorar o quão ruim nós somos hoje, e depois melhorar naquilo de ruim que faremos amanhã, e com isso conseguir cada vez mais nos aproximarmos da santidade.
A santidade como processo.
O processo para ser santo é contínuo, e sempre foi assim. Pense em um santo de devoção, ou algum que você ouviu o nome. Esse cara ou essa mulher não era diferente de você, ele(a) tinha dor, sentia medo, tinha sonhos, sorria, chorava, mas ele(a) decidiu que queria e podia ir além e fez esse mesmo caminho, levantando todos os dias pedindo e lutando para fazer a vontade de Deus.
Deus não escolhe alguns para serem santos. Ele chama a Igreja, mas nem todos têm a coragem de bancar esse esforço. O Senhor também te convida e se dispõe estar contigo durante todo esse processo, só depende de você aceitar ou não. Que tal dar essa reposta na sua oração de hoje? Você é capaz de provar que quem mente sobre a santidade são aqueles que a negam, pois a santidade é possível sim!
Você vem comigo nessa luta em 2020?
Se sim, tamo junto!
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