Shazam- Seus pecados não desapareceram

No último sábado, nós da Comunidade de Vida assistimos ao filme Shazam. Já fica aqui a dica de que não é um Ultimato, então não espere muito.  Porém, o filme traz alguns elementos sobre virtudes e pecados interessantes que podemos não só refletir, mas vivenciar no dia a dia.

 

Conhecendo suas limitações.

 

Por providência divina, o evangelho do domingo passado retratou a oração do publicano e do fariseu. Por um lado, um homem mal visto pela sociedade, cheio de rótulos e do outro, alguém com mérito, bem visto, conhecedor da lei e cumpridor dela. Um evangelho bem conhecido.

No filme um mago procura alguém a quem possa dar o seu poder, pois já está velho demais para a batalha, que nada mais é conter o mal dos sete pecados capitais, mas, para que seu poder passe a frente, é necessário um coração puro.

É realizado um único teste com várias pessoas, ao longo de anos. O teste se resume em vencer a tentação dos demônios e não tocar em um olho mágico, que serve de portal de entrada para os demônios serem soltos das estátuas que os aprisionam.

Um jovem problemático, em uma busca desenfreada pela mãe perdida, com passagem por vários abrigos, é encontrado pela magia do mago e é considerado o campeão para assumir os seus poderes. Quando o jovem ouviu o que o mago tinha a dizer sobre os poderes e a missão, responde quase que de imediato diante de sua incapacidade que não era a pessoa que estava procurando. E como poderia alguém como ele ser puro de coração?

Aqui está a chave: quanto mais me conheço e mais sincero; me acho indigno, então mais puro serei para a missão confiada a mim. De fato, não há perfeição em sua vida, mas reconhecer suas limitações foi o primeiro passo para vencê-las.

Bem como o publicano, embora o menino não tenha feito uma oração, viu seus pecados, dificuldades e ações e o poder foi lhe dado, de certa forma a Graça o alcançou.

 

A Graça é o nosso maior poder.

 

Já diria tio Ben, ao queridinho dos adolescentes, Peter: “Grandes poderes sempre têm grandes responsabilidades.”

O herói recebe o poder e de imediato não sabe o que fazer, então usa de maneira indiscriminada. Assim também somos nós, às vezes, que usamos de nossas profissões, vocações, cargos, status, apostolados; verdadeiras riquezas de forma indiscriminada,  nos esquecemos de quem sustenta tudo isso é a Graça de Deus!

 

Combatendo o bom combate.

 

O vilão, que quando era só um menino, fez o teste do mago e faliu, conseguiu voltar ao esconderijo do mago e roubar o olho. Assim liberta os sete demônios e volta para vingar-se e destruir tudo que vai encontrando pela frente.

Shazam, nome do super herói que se transforma ao descobrir a verdade sobre sua vida, de que sua mãe, que tanto desejava reencontrar o abandonou. Ao enxergar a verdade passa a ver sua atual família como a verdadeira, que possui os mesmos objetivos e que nesta família encontra caridade, união, fé e cumplicidade.

O vilão encontra Shazam e começa a luta. Ali estão os sete pecados capitais. O herói acaba por dividir o seu poder com seus 5 irmãos, o que ajuda na batalha, mas a verdadeira  vitória foi a humildade, alguém que possui um bom coração não retém nada  para si, deseja partilhar, assim também é com a Graça! È nessa hora que o pecado da soberba começa a enfraquecer e com ele os outros seis pecados.

Mas, ainda lhe restava um último demônio, bem sorrateiro- a inveja. Sempre ali escondida, pequena, mas nos definhando por dentro. Quando finalmente sai para fora é que se consegue vencê-la. Não de qualquer forma, mas levando a luz da verdade aquilo que de fato é. Na história, o vilão movido por este pecado também tem o desejo obstinado por ser grande, e se tem uma coisa que sonhos e desejos não purificados pela via do Espírito Santo nos levam a cobiçar, ter e poder mais que os outros.

Não tem jeito. Pecados devem ser combatidos na raiz. Encontre os seus, busque, encontre-os e combata-os. Não seja um fariseu que se comporta como se não precisasse de Deus para mais nada. Afinal, a vida é bem real, e as tentações estão aí. E não é o poder de um mago que nos alcança, mas a misericórdia de Deus.

 

Bárbara Helen- Apóstola CACL

 

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