O perigo do relativismo dentro do seio comunitário

Primeiro, devemos compreender o conceito desta palavra que muitas vezes não falamos, mas que, por entrelinhas e de forma sútil estão adentrando em nossos corações e nos tirando o bem mais precioso que temos: O Carisma!

Vamos ao conceito de relativismo.

“O relativismo é uma corrente filosófica que afirma que as verdades e valores morais são relativos aos contextos históricos, culturais e sociais em que são produzidos”

Em outras palavras, não existe uma verdade ou valor moral e/ou espiritual absoluto e universal. Bom, aqui já resume bem o significado desta palavra e o “mal” disfarçado de bem que ela produz em nós.

Onde cada um tem a sua verdade e segue o que seu “coração” deseja, que muitas vezes é o caminho mais fácil e mais cômodo. Isto é um grande perigo dentro do corpo comunitário e se não tivermos nosso olhar fixo e obediente ao nosso Carisma, facilmente seremos carregados por esta onda relativista.

 

O que é um Carisma?

Origem a partir do grego khárisma, que significa “graça” ou “favor”.

“Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia” (Jr 1,5).

Deus criou, cuidou, dirigiu cada um de nós para que um dia pudéssemos encontrar, reconhecer e viver a graça de pertencer a um carisma, esta graça é indizível, incomparável, extraordinária.

“Antes do teu nascimento eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações”. (Jr 1,5)

Maria Francisca, fundadora da comunidade Oásis já falou algumas vezes: “Não existiríamos se não fossemos deste carisma; é em vista do carisma, para o carisma e pelo carisma, que Deus criou cada membro de uma Nova Fundação. Deus fez o homem para a Igreja!”

 

Somos este povo!

Para nós membros deste Carisma não deve existir outra verdade a não ser aquela que brota do coração do Cristo Libertador.

Aqui,  deixo alguns questionamentos importantes, cujo o Senhor fez  a mim enquanto rezava por nós. Te convido a refletir comigo.

Como está a minha relação com o Carisma? Estou permitindo ser moldado pelo carisma através da vida do fundador e formador? Aceitando e obedecendo suas orientações como voz de Deus para a minha vida? Ou sou alguém que ouve, mas, que, as ações e pensamentos continuam irredutíveis e sigo fazendo tudo do meu jeito?’ Fico sempre julgando as atitudes e escolhas dos meus irmãos ou invejando seus dons e talentos?

 

O que de fato faço aqui? O que estou buscando? Desejo realmente pagar o preço do seguimento da vida consagrada através deste Carisma

Sabe meus irmãos, sei muito bem a dificuldade que é para cada um dentro da sua particularidade responder ao chamado. Exige de nós muito esforço, sacrifício e renuncias.

Por diversas vezes a vida nos leva por caminhos dolorosos que machuca nossos corações, esfriando nossa fé, nossas certezas. Mas, apesar de tudo, não podemos deixar de olhar para quem nos chamou.

 

 

Não seguimos um Deus de mentiras e muito menos relativista

A liberdade que este Carisma nos trás deve nos levar a escolher pela Verdade, pela radicalidade do evangelho.

Somos tão ruins, que o Espírito Santo nos uniu desde a eternidade como comunidade para nos ensinar o quanto precisamos do Carisma Cristo Libertador para sermos felizes e santos.

Quantos e quantos testemunhos temos em nosso meio da ação concreta e palpável de homens e mulheres que permitiram ser moldados pela força do carisma?

Não podemos ser ingratos ao ponto de hoje escolhermos viver do nosso jeito, como se nada tivesse acontecido em nossas vidas.

 

O sofrimento nos leva para a Verdade

Voltemos nosso olhar para a Cruz do Senhor, foi pela via do sofrimento e da obediência que Ele chegou a ressurreição.

Viva suas lutas e louvado seja Deus por cada uma delas, pois, é assim que Jesus trata seus amigos, permitindo que façamos o mesmo caminho que Ele mesmo o fez.

Agarre sua Cruz com força e determinação, na certeza que ela vai sempre te levar para a verdade e para a radicalidade e nunca, nunca para o relativismo.

Peço a intercessão de Santa Luzia por todos nós, para que tire dos nossos olhos toda escama que nos impede de enxergar o caminho que estamos trilhando e as consequências que iremos colher se continuarmos a relativizar o nosso chamado ao carisma.

Que Maria Santíssima nos ajude a sermos fies até o fim a nossa vocação.

 

 

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