Essa história de “cidadão de bem” está errada. Não existe cidadão de bem, e eu vou te explicar o porquê.
No início dessa semana, acordamos com a notícia de que um ônibus estava sequestrado no Rio de Janeiro. Um jovem mantinha refém cerca de 37 pessoas. Ao passar das horas alguns foram libertos e um pouco mais próximo do meio dia, um atirador de elite matou o sequestrador e livrou os reféns.
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Nas redes sociais a família Bolsonaro comemora a ação bem-sucedida da polícia (o que não significa necessariamente comemorar a morte do sequestrador) e um dia após o ocorrido, o texto do Rafael Coelhão, um usuário do Facebook que apareceu para mim através de um compartilhamento, diz tudo o que eu estava sentido:
Existem Muitos “Willians”
Sabe o que me chama a atenção? É que “Willian” é apenas um nome, mas toda semana encontramos “Willians” na nossa Missão Alabastro, visitando fundações casas e presídios. É dentro daqueles lugares que conhecemos a fundo histórias tão doloridas que poucos de nós aguentaríamos.
Essas histórias nunca encontraram com o Cristo. E sem o Cristo, até o luxo prende e conduz à morte, imagina a miséria e o abuso o que não fazem com o ser humano.
“Cidadão de Bem”
Hoje vejo fomentada uma rivalidade entre “cidadão de bem” e “bandidos”, o bem e o mal. Julgamos toda a pessoa pelas escolhas erradas que ela toma. Julgamos, condenamos e esperamos que ela morra na cadeia, assim seguiremos a nossa vida seguros.
Será?
Essa certeza se confunde quando paramos para pensar que a maioria dos psicopatas não são serial killers. São CEOs, diretores, executivos. Pessoas bem-sucedidas profissionalmente. Uma pessoa que nunca cometeu algum crime, mas manipula as coisas tão bem que todos fazem o que ele quer.
A definição de cidadão de bem se confunde quando olhamos e vemos tantos comentários maldosos dessas pessoas, seja na rede social ou na vida real.
Os Navios
A grande verdade é que estamos todos no mesmo barco. Um barco sujo, cheio de rachaduras, com ratos correndo por todos os lados, cheirando à merda da tripulação. O barco do pecado!
Mas navegando próximo a nós está o barco da salvação. Jesus Cristo é o capitão te chama e me chama a pular no mar e nadar até Ele. E ele não chama apenas “pessoas de bem”, ele chama a todos.
Dentro das fundações casa nós presenciamos meninas que infringiram a lei se levantando como profetizas, ao mesmo tempo que aqui fora acompanhamos pessoas que já fizeram muito bem com o coração cheio de rancor e mágoa.
Com isso não consigo concluir outra coisa se não que: não existe cidadão de bem.
Existe aquele que é TODO O BEM que é capaz de purificar o mal em nós. Basta se jogar nesse mar, vencer os tubarões para chegar ao barco da pureza, no qual o Senhor está.
Tamo junto.