A mãe pergunta – Onde está indo menino?
O filho responde – Vou na rua de cima mãe, jogar bola com os moleques.
A mãe já irritada – Que moleques, oh senhor João Ricardo?
O filho – Com os de sempre mãe, Paçoca, Cadu, Breno, Bocão e mais quem tiver lá.
A mãe exorta nada calma – Você não vai, o bocão vive fumando maconha por aí, esquece! E não se atreva a me desobedecer se não você vai ver.
O filho argumenta – Mas mãe eu não sou Maria vai com as outras, e não fumo nada, só quero jogar bola com meus amigos. Me divertir, nunca coloquei nada na boca.
A mãe amorosamente exclama – João Ricardo, amigo de maconheiro é maconheiro também, se a polícia passar lá em cima vai descer o cacete em geral, e não vai querer saber quem fuma e quem não fuma. Você não vai e ponto!
Morais da história
Esse diálogo fictício, porém, real em muitos lares ilustra bem a verdade mais que conhecida de que a esfera da relação tem um poder imenso na transformação de nosso ser. Em palavras mais claras e objetivas, se ando com pessoas que gostam de ler, passarei a ler e a gostar de ler. Se ando com ladrões, logo estarei roubando, se ando com pessoas envolvidas em causas sociais, loguinho estarei defendendo as mesmas causas que elas.
Pro bem, ou pro mal, sim, somos muito influenciados pelos nossos afetos. Claro que o grau de maturidade de cada um, suas crenças e valores basilares são determinantes para dizer se a pessoa será mais ou menos influenciável, ou irá influenciar mais ou menos as outras pessoas. Mas, a grosso modo, afeto é afeto, e vai nos afetar de alguma forma, do contrário não é afeto de fato.
João Ricardo não fumava maconha, mas até quando resistiria à tentação de dar este passo para pertencer mais àquela tribo de maconheiros? Fomos criados para vivermos em comunidade, em Genesis o próprio Deus, após criar o homem constata que não é bom que ele viva só, e cria Eva (Gn 2). Sozinhos podemos ir mais rápido, mas juntos vamos mais longe, seja para o céu ou pro inferno, depende também das companhias.
Um ensinamento novo
Aqui em nossa comunidade aprendemos do Espírito de Deus, e de nosso amigo Santo Elias que altares velhos não devem ser visitados, tocados, e se quer lembrados, pois se assim o fizermos cairemos na armadilha de voltarmos a acender velas para Baal (falso deus fenício). Simples, um alcóolatra não pode voltar no boteco que tantas vezes se embriagou, nem para comprar bala, e muito menos bebericar uma cervejinha, porque do contrário a casa que estava limpa será novamente infestada por demônios em quantidade e qualidade bem maior e pior (Lc 11,15-26).
Mas, como meu baluarte é profeta, trago um ensinamento novo, ou não tão novo assim, quem sabe? Quem corrompeu quase que a totalidade da nação de Israel foi JEZABEL em primeira instância, e ajudada por seus inúmeros profetas baalistas. Não foram os altares velhos, foram os altares supostamente novos que esta corja de invejosos e mentirosos erguia por toda a esquina do país.
Aonde quero chegar? Cuidado com “amizades” velhas que seguem frequentando altares do capeta. Ou que até frequentam altares iluminadíssimos, mas que não são de Cristo, e sim de LUCIFERUS – O ANJO DE LUZ. Atenção. Atenção. Atenção. Uma amizade cheia de respeito humano e bons conselhos pode destruir uma vocação.
O verdadeiro conselheiro
As pessoas me procuram com dúvidas sobre suas vocações, e a primeira coisa que pergunto é – “com quem tem andado?” – Quem te aconselha? Quem te escuta? Quem tem influenciado você? O consagrado ouve em primeiro lugar a Deus. Como ouvi outro dia em uma pregação do querido Moisés Rocha, fundador da Comunidade Filhos de João Batista, – “tá com dúvida? Entra no seu quarto e ore ao Espírito que te diga o que fazer! – para que ouvir quem não deu certo na vocação? Para que escutar quem faliu a sua empresa, e quer dar conselhos de sucesso na empresa alheia? Isso é antice.
O que mais existe hoje é gente falida, mal-amada, encruada e invejosa querendo f$%¨&** com a caminhada dos outros. Coachings que nunca foram bem-sucedidos com o caminho do sucesso? Qualquer mané é terapeuta hoje em dia. Sabe por quê? Porque tem otário que compra essa ideia absurda de sucesso sem esforço, de santidade sem cruz, de buscar em gente que abandonou a escalada, e que ainda critica a montanha. Ah faça-me o favor. Acordemos.
O Espírito Santo é quem precisamos. Ele tem tudo. Todas as respostas. Tudo. Ele é maravilhoso. Chega de recorrer aos profetas de Baal, que falam manso, respeitam, escutam, são dóceis e sempre te entendem, mas no fim transformam a cada um de nós em israelitas frouxos, covardes e mornos. O seu caminho de santidade é seu caminho, e se não é mais o caminho de certo irmão ou irmã, cuidado, pois talvez os conselhos dele não sirvam mais para você.
Fim de papo
– João Ricardo, vem aqui, me diz uma coisa, você nunca colocou mesmo um cigarro de maconha na boca? Não minta para mim, que sinto cheiro de mentira a quilômetros de distância. E seu cheiro ta estranho.
– Ah mãe, foi só uma veizinha, mas era uma bituquinha, não deu nada não.
– Ah meu filho, a meu filho…
– Aprende uma coisa que ouvi de sua sábia avó: Pequenas concessões hoje, grandes desvios amanhã. Nunca mais faça isso e rompa relações com quem te oferece a oportunidade de relaxar, de ser compreendido, de descanso, a troco da morte de sua vocação à santidade.
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