A verdadeira doença e o verdadeiro herói

Em tempos de Corona Vírus, de surto de Ebola e de tanta calamidade pública no campo da saúde, da educação, da religião e principalmente da política. Se levantam muitos supostos profetas defendendo seus lados, suas parcialidades, seu recorte de certeza da realidade, sua verdade relativa e condicionada. Afinal, qual a verdadeira doença que nos assola?

Porém, a pergunta que não quer se calar é: Quem poderá nos salvar?

O clamor dos aflitos

Desde que o mundo é mundo, e que Adão resolveu dar ouvidos a Eva, que por sua vez ficou de papo com a serpente, que a terra geme como que em dores de parto, esperando a manifestação dos filhos de Deus!

” […] na esperança de que também a própria natureza criada será libertada do cativeiro da degeneração em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade outorgada aos filhos de Deus. Sabemos que até hoje toda a criação geme e padece, como em dores de parto. E não somente ela, mas igualmente nós, que temos os primeiros frutos do Espírito, também gememos em nosso íntimo, esperando com ansiosa expectativa, por nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8,21-23)

São Paulo nunca foi tão atual, pelo menos não em minha geração, dos trintões que caminham para se tornar quarentões.

O grito pela salvação

Parece que tudo está gritando por salvação, por uma solução que resolva pandemia, desemprego, corrupção, preconceito, injustiça. O sangue de muitos homens e mulheres inocentes lavam a terra do planeta que habitamos, e com o sol sobem como que ilustrando este grande clamor.

Quem poderá nos salvar? Quem poderá acabar com a dor? Com a desigualdade? Com tantas atrocidades e desprezos que vivemos, quem?

Nosso herói responde: EUUUUUUU!!!!!!

Não, eu não estou falando do Chapolim Colorado. Sempre curti ele, mas os problemas que ele resolvia na minha infância, nos programas de televisão comandados pelo Chespirito eram bem mais simples, ingênuos, e na verdade nem eram problemas de fato, quando comparados ao caos que vivemos hoje.

O verdadeiro herói

Obviamente, quem se apresenta, aliás, quem se apresentou para nos salvar é o grande EU SOU, isso mesmo, Jesus Cristo, o filho do Deus vivo. O Cristo Libertador.

Tudo que perdemos por conta do pecado original, cometido pelos nossos primeiros pais, e amplamente difundido pelos nossos ancestrais, é restituído por Jesus através de sua encarnação, vida, paixão, ressurreição, e ascensão aos céus. Ou seja a salvação é Jesus. Ele pode nos salvar, por Ele mesmo.

Quando Adão trai a Deus, desobedecendo, desconfiando de Deus, ele fere a dignidade de Deus, e somente outro Deus poderia pagar esta dívida. Somente outro Deus poderia restituir para o Deus traído aquilo que um homem fizera. Mas como quem cometera a infâmia de ofender a Deus foi um homem, somente outro homem com dignidade de Deus, poderia ser este canal de restituição.

A prova de amor

Como só existe um Deus, não existem outros, o nosso Senhor Uno e Trino, resolve por amor salvar aquilo que Ele mesmo criou, e que fora danificado por decisão da própria criatura criada. Complicado? Então vamos descomplicar.

É como se após moldarmos um vaso novinho do zero, feito de barro, ele se jogasse da mesa voluntariamente, e se quebrasse em mil pedaços, só por não acreditar que ele podia tudo, menos pular da mesa. Sendo assim, somente o oleiro, no caso nós mesmos, para catar os cacos, derreter, e fazer novo vaso.

Foi isso que Deus fez por nós. Nos modelou. Soprou em nós sua vida. Nos deu liberdade. E nós, após negarmos a benção deste autor, fizemos aquilo que ele nos proibiu de fazer, nos auto estragando, e, então, por amor, Deus resolve nos salvar e nos elevar a uma dignidade superior à que tínhamos antes do pecado. A de filhos de Deus!

“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,

Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.

E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4,4-6).

Quer prova de amor maior que esta? Quer entrega maior que esta? Estamos falando de um Deus, que se fez homem, para nos fazer deuses com ele, por participação, como nos ensinam as sagradas escrituras ao dizer que pelo dom da cruz, somos adotados como filhos do Deus vivo. Ele desce para subirmos, se esvazia para encher-nos. Cristo se diminui para que possamos crescer, morre para que tenhamos vida. Ele se faz alimento, e pobre, para que possamos nos alimentar e sermos ricos.

A elevação pela Cruz

Quer prova maior que esta?

Mas e o corona? E o Ebola?

Calma, não precisamos ser salvos destas doenças, elas passarão logo. Precisamos ser salvos do pecado. De que adianta viver sem corona oitenta anos, e passar a eternidade padecendo no inferno?

É claro que não vejo a hora disso tudo passar, e que esta pandemia, e todas as outras infestações acabem. Mas quando tudo isso passar, como estarão a minha e a sua alma? Mais santas? Ou ainda mais apodrecidas pelo pecado?

O reino de Deus precisa ser propagado. A Cruz de Cristo é o grande estandarte de vitória sobre toda a morte.

Quando nos levantaremos como filhos e apresentaremos esta salvação ao mundo? Salvação que é universal, mas neste tempo foi comunicada primeiro a mim e a você, como filhos diletos deste Deus.

Quando ao invés de questionamento, eu e você seremos resposta para o mundo? Não a resposta que o mundo quer, mas resposta que ele precisa. Quando seremos Cruz na Cruz de Cristo? Carne da Carne Dele? Ou será que só a crítica textual te motiva, que tal a crítica de vida. Falar, até papagaio fala. Quero ver viver? Precisamos proclamar a salvação que nos salvou, ou então dificilmente teremos, de fato, sido salvos.

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