A Fé de Pedro não Desfalece

Essa semana celebramos a festa de São Pedro e São Paulo, e aqui na Inglaterra é uma celebração de preceito, ou seja, todo católico residente em UK deveria ter ido a Santa Missa. Quem celebrou para nós foi o padre Joe, um sacerdote britânico e membro do Instituto Opus Dei, fundado por São Josemaria Escrivá.

 

Ele destacou vários pontos interessantes e abriu a homilia com o seguinte questionamento: “Porque será que em vários países essa celebração não é obrigatória ou é passada para o próximo domingo, e aqui na Inglaterra é preceito?”. Dado essa questão, o padre discorreu em cima disso.

 

O Sumiço do Catolicismo Inglês

Henrique VIII foi rei da Inglaterra, foi o grande responsável por romper com a Igreja de Roma, a fim de anular seu casamento para que  pudesse ter relação livre com outra mulher para que tivesse um herdeiro, já que só tinha tido filhas mulheres. Após ser excomungado e se auto proclamar “Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra”, iniciou uma perseguição violenta aos católicos, que ocorreu entre os séculos XVI e XVII.

 

Existiam caçadores de padres, católicos foram mortos por simplesmente serem católicos e não aceitarem o rei ou a rainha como chefe de sua igreja, dentre eles Thomas Moore e o bispo John Fisher. Esquartejamentos, mutilações, proibição da celebração de missas públicas e privadas eram métodos utilizados para amedrontar. Em questão de alguns anos, o catolicismo tinha sido apagado da Inglaterra.

 

Hoje, a Igreja Católica é quase que desconhecida, na verdade, confundida com a anglicana muitas vezes. Não se vê  a religiosidade católica, como se vê na Irlanda, Polónia ou Brasil. O padre Joe, muito sabiamente, nos lembrou que por vezes são os estrangeiros que mantêm vivo o catolicismo na Inglaterra, os brasileiros, portugueses, polacos, congoleses entre outros. Claro que sempre apoiados na promessa de Cristo a Simão Pedro, de que as portas do inferno jamais irão prevalecer.

 

Fazemos questão de lembrar qual é a verdadeira Igreja de Cristo, e é por isso que a festa desses dois apóstolos são tão importantes, principalmente para nós que moramos em UK. De fato, estamos em terras regadas do sangue de mártires, daqueles que permaneceram confiantes na sucessão apostólica, dada unicamente no bispo de Roma.

 

O Amor na Inglaterra

Não tinha me dado conta do quão é cara essa terra, pois se foi derramado sangue por Cristo, a cabeça da Igreja, nós enquanto Corpo Místico colhemos as graças até hoje. Se quase sumimos daqui algumas vezes ao longo da história, agora somos impulsionados pelo testemunho desses nossos irmãos na fé. Devemos ser muito gratos por isso!

 

Somos chamados a ser sinal da verdade e da liberdade, portanto em uma terra onde abundou o adultério, a ganância, violência e libertinagem, hoje precisamos ser esses sinais visíveis do Cristo e de sua Igreja. Como aqueles que permanecem fiéis ao sucessor de Pedro, que apesar das turbulências dentro e fora da barca, sabem que não existe outro lugar mais seguro para a salvação.

 

Costumo dizer que, além da nossa missão “prática”, precisamos ser o amor aqui. Em todos os lugares do mundo, precisa existir um coração que bate por Jesus, nem que seja um apenas. Primeiramente seremos, depois faremos e assim a profecia do avivamento na Europa vai se cumprindo. Seremos fiéis filhos da Igreja, para que as pessoas vejam que em um mundo tão relativo e mentiroso, ainda é possível ser fiel ao que realmente vale entregar a vida.

 

“Concedei-nos, ó Deus, por esta Eucaristia, viver de tal modo na vossa Igreja que, perseverando na fração do pão e na doutrina dos Apóstolos, e enraizados no Vosso amor, sejamos um só coração e uma só alma. Amém!”

 

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