Como o venerável Fulton Sheen diz, três são necessários para o compor o amor.
“Como toda sentença implica sujeito, predicado e objeto, todo amor implica uma relação tríplice de um amante, um amado, e o amor unificante.” SHEEN, Fulton. TRÊS PARA CASAR
Isso porque a Trindade é para nós a maior representação de amor, ou melhor, a Trindade é o Amor perfeito.
Deus Pai é o Amante, ama Seu Filho Jesus, que é o Amado, e o movimento entre Eles, é o Amor na figura do Espírito Santo.
Por isso, que a Trindade é a relação mais perfeita que existe.
As nossas relações
Se viemos de Deus, as nossas relações nasceram para serem reflexos do que é a relação da Trindade.
E aqui podemos reafirmar novamente o que Fulton Sheen diz, três são necessários para compor uma relação.
A relação de amor de Deus gerou pelo Espírito Santo o verbo que se fez carne e habitou entre nós.
O amor da Trindade se encarnou na pessoa de Jesus Cristo.
As nossas relações, devem se espelhar na Trindade, que é de onde viemos, devem buscar gerar o verbo em nosso meio.
Ou seja, o amor que permeia as minhas relações deve ser envolvido pelo Espírito de Deus, que gerará Jesus nesse mundo através dos meus relacionamentos terrenos.
A relação conjugal
Na realidade conjugal, a esposa e o marido são chamados para viverem um amor trinitário.
Pois, se simplesmente se amarem, formando uma dualidade de amorosa, provavelmente cairão na idolatria e/ou no esvaziamento do amor.
Idolatria porque o esposo ou esposa, se tornaram o objetivo do amor, que só Deus pode ser em nossas vidas. Só Deus pode nos amar na maneira que necessitamos.
Tirando Deus dos nossos matrimônios, a dualidade buscará a sacies desse amor no outro, e o tornará o deus de sua vida.
Só que nenhum marido, e nenhuma esposa, podem amar o outro de maneira que o sacie. Pois, a sede de amor que temos é infinita, e só Deus é infinito.
Todo o nosso amor é finito e uma hora ele acaba, é nesse momento que o amor se esvazia em nossas vidas. Quando não buscamos o amor direto da fonte.
Então, homem e mulher não buscam amar somente a si, ou somente ao outro.
Buscam amar a Deus, e esse amor os une também em uma relação de trindade.
A relação de trindade
Fulton Sheen, e alguns outros teólogos, defendem que se há uma relação terrena que se pode comparar, claro que em dadas proporções, com a relação da trindade, é o ato sexual conjugal.
Óbvio que diz isso daqueles que buscam o sexo com a primazia em Deus.
Na trindade celestial, o verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós.
Na trindade terrena, o amor do homem e da mulher, se faz carne e habita entre nós pelos filhos.
Toda vez que um filho nasce, é que como se o amor dos conjugues fosse encarnado.
E é por isso que só é possível ter a encarnação do amor vivendo a castidade.
Se casais não vivem a castidade em seus casamentos, como gerarão esses frutos de amor?
Muitas vezes um pedaço de látex está impedindo que o amor se faça carne no seio de nossas famílias, quando se usa a camisinha como contraceptivo, por exemplo.
Ou, enchendo nossas mulheres de hormônios, como se fosse uma máquina. E tantos métodos contraceptivos, e muitos até mesmo abortivos, que são tão propagados em nosso meio.
O amor livre fruto da castidade
Mas, então os casais que não vivem a castidade, os filhos não são amados? Não são frutos do amor do pai e da mãe?
Eles são amados, mas muitas vezes esse amor não é tão livre como poderia ser.
A escolha da castidade em nossa vida é dizer que Deus é a única fonte do nosso amor, nada é maior do que isso.
Hoje, muitos casais têm seus filhos, e eles ocupam até o mesmo o lugar de Deus na família.
Quantos berços se tornam altares dentro das casas atualmente?
Por conta da falta da castidade, qualquer objeto se torna a fonte de amor.
Nesse caso, gera dependência dos filhos, ou até mesmo do marido ou esposa. Idolatria, apego, cuidado excessivo, pessoas que param suas vidas e só vivem em prol das crianças, como se não houvesse nada de mais importante no mundo.
Aqui, as crianças são amadas, o problema é que elas são amadas mais do que Deus.
E se Deus pedisse seu filho igual pediu Isac? É só pensar nisso e você terá a resposta se sua relação familiar está casta, ou ainda há alguma idolatria. Se você ama seu filho, ou se você o idolatra.
A Mulher Castíssima gerou o verbo
Esse é um dos motivos pelo qual a nossa Igreja defende que Maria sempre foi Virgem.
Somente uma mulher casta poderia gerar o Verbo de Deus.
A castidade é o instrumento para o amor se encarnar, então Maria é a mulher castíssima, pois gerou O Amor.
A relação de Maria e José permaneceu casta durante todo o sempre pois não era apenas o amor deles que estava encarnado, era O próprio Amor. Tem noção disso?
Por isso, que Maria e José são escolhidos, e hoje podemos chamá-los de castíssimos. Foi no meio da relação deles, que o Amor se encarnou nessa terra. Não há nenhuma relação mais casta do que essa.
Peçamos a intercessão desse homem e desta mulher, para termos famílias mais castas, e assim, gerar o amor de uma forma mais livre nessa terra.
Gerar filhos sem idolatrias, apegos, ou quaisquer dependências.
Maria, não tinha nenhuma dependência ou apego com Jesus, tanto que ela permanece com Ele até sua morte na Cruz. A castidade de Maria a impulsiona entregar seu filho.
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