Li um livro sobre Santo Antônio esses dias e preciso te dizer que estou impactada.
Assinei um Box católico que envia livros todos os meses para sua casa, o Minha Biblioteca Católica, e naquele mês o livro era de Santo Antônio.
Confesso que quando chegou, pensei em não ler, pois não me chamava atenção e tinha na cabeça que era apenas o “Santo casamenteiro”. Que ignorância a minha! Que engano!
Um mergulho em sua vida
Comecei ler o livro “A história de Santo Antônio de Pádua” escrito por Pe. Antônio e em uma semana mergulhei em seus escritos e me apaixonei por esse santo.
Ele relata toda a sua história, desde a criação em sua família, partilhando o quanto seus pais já eram virtuosos e criou Antônio com uma educação católica, desde pequeno já trazia traços de santidade em si.
Começou sua vocação na ordem Agostiniana, e mais tarde se tornou Franciscano.
Antônio tinha o dom da eloquência, a ponto de dizerem que quando ele pregava, não era um homem, e sim um anjo descido do céu para converter as almas.
Era um discurso apaixonado, profético e mais do que essas características, um discurso vivido. Ele pregava com sua vida.
A sua humildade
O primeiro ponto que me chamou atenção, com todos os dons e talentos, quando Antônio chegou à ordem franciscana ele não buscou um lugar de destaque, não expôs suas qualidades, apenas serviu e se colocou como servo.
Ele assumiu o lugar de novato com a mais profunda humildade, apenas com um desejo em seu coração, fazer a vontade de Deus e servir aos irmãos.
Com isso, em uma ocasião, nenhum de seus irmãos quis discursar a pedido do bispo, e só sobrou ele para falar.
Obedecendo a voz de seu superior, discursou, e todos que ouviram ficaram extasiados com as palavras proferidas.
Diziam que era uma grande graça ouvir aquela luz divina, que estava escondida atrás de grande humildade. Surpreenderam-se e tiveram uma grande experiência com o divino.
E foi assim que ele conduziu toda sua vida e ministério.
Escondido pela humildade
Conforme sua fama foi aumentando, atraía multidões para ouvirem suas pregações.
Cidades paravam seus trabalhos quando aquele franciscano falava, pessoas viajavam dias para encontrá-lo, atraía multidões sedentas pelas palavras ditas.
Com elas, converteu pecadores, combateu heresias, manifestou a glória de Deus, e ganhou fama de o novo Elias por seu ímpeto.
À medida que fui lendo seu livro, me impressionava a ousadia e coragem daquele homem. Para o rei que oprimia o povo, ele como um profeta, denunciou sua conduta e diz que se permanecesse assim, iria para o inferno.
Todos achavam que com isso, Antônio seria condenado a morte, ao contrário, o Rei cheio de temor, ajoelhou em seus pés com arrependimento.
Mas, nem suas melhores pregações faziam perder-se em vanglórias, ele se mantinha escondido pela humildade. Inclusive, após pregar e multidões querendo o tocar, falar com ele, ele se retirava brevemente da cidade para não alimentar paixões vãs.
Que homem! Quantos pregadores podemos ver assim hoje? Infelizmente hoje nossos pregadores se perdem em famas, e usam do evangelho para serem aplaudidos.
O santo milagreiro
Perdi-me em quantos milagres é relatado no livro, um mais impressionante que o outro. Quando o povo da cidade não queria ouvi-lo, ele pregou olhando para o mar e todos os peixes, grandes e pequenos, vieram para as costas do oceano para ouvir suas palavras.
Duas ressurreições contam em seus milagres. Também, relata momentos que se bilocou. Um deles, ele estava celebrando uma missa e lembrou que era o dia dele na escala para cantar na oração matinal dos frades.
Nesse momento, se constrangeu em si mesmo por ter esquecido, pediu perdão a Deus. E no altar, abaixou a sua cabeça, e nesse mesmo momento, podia-se ver Antônio na paróquia e ao mesmo tempo cantando na oração com os frades.
Foi aí que percebi que ele não é o santo casamenteiro, e olha que esse fato do casamento nem se conta no livro.
Inibição do demônio
No Brasil, poucos conhecem a história desse santo e doutor de nossa Igreja, enquanto muitos o veneram apenas como casamenteiro, e recorrem a ele apenas para desencalhar.
Em vez de altares, cada vez mais o santo ocupa copos e ainda com sua imagem de cabeça para baixo.
Como pode toda essa história ser inibida? Como nunca ninguém tinha me contado o quanto ele foi sensacional? Ele marcou não só a Igreja, mas a história da humanidade.
Como pode ser apenas conhecido como santo casamenteiro?
Foram essas perguntas que me fiz lendo o livro, e o que vinha em meu coração é que o demônio vendo que não conseguiria lutar contra ele, e até mesmo fazer com que não o conhecêssemos, fez com que todo o resto fosse inibido com a história de santo do casamento, até diria, que com isso se tornou mais o santo das encalhadas.
Carregando esse título, o quanto de sua história está inibida? O quanto estamos perdendo de graça por conta disso? O quanto estamos deixando de beber de seu testemunho?
É, meus queridos, o demônio é sujo e astuto. Não dá para brincar com ele.
Conheça a história dos santos
O que posso te dizer hoje é, conheça a história de Santo Antônio, ele não é apenas o santo casamenteiro.
Como podemos restringir ao casamento aquele que em vida teve o milagre de receber o menino Jesus nos braços? Aquele que era conhecido como novo Elias? Aquele que operou muitos milagres e se escondeu na sombra da humildade?
Quando o demônio não conseguir destruir o que é Sagrado, ele tentará inibir, distorcer, esconder. Quando ele não consegue destruir um filho de Deus e ele se torna santo, o demônio fará algo para inibir e/ou denegrir sua imagem, para que pelo menos assim, outros não bebam de tamanha graça.
Vamos fazer assim? Proclame sempre a vida dos santos que conhecer, elas são luzeiros nesse mundo, referência em um modo tão pobre de exemplos. E siga o caminho que eles seguiram!
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Desculpa Jesus, não sabíamos ser seu amigo!
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