A paz do Cristo Libertador, e um feliz ano novo a todos!
A Esperança para nós cristãos nasce, não morre, ressuscita, vive e reina, e nos impele todos os dias, a darmos novos passos. E é nessa pegada que iniciamos o ano de 2019. Para nós, da Comunidade Cristo Libertador, um ano de purificação. Um cenário político novo. Um cenário religioso tão participativo como nunca se viu. Nosso Papa lutando para colocar nossa Igreja em saída, e para dissipar os abusos de poder e autoridade, que infelizmente existem em nosso meio, e usurpam a verdadeira religião do povo, denegrindo a fé, destruindo a pureza e transformando a Igreja de Jesus Cristo em uma instituição, muitas vezes, pior do que o nosso Congresso. Mas há esperança, e ela tem nome, Jesus Cristo! O crucificado, o ressuscitado, o Santo dos Santos! Ele deve ser nosso padrão, nosso paradigma, de santidade e de pureza, sem exageros fantasiosos, sem pudores inexistentes, sem relaxamentos morais perigosos. Um padrão real. Duro e incisivo, mas real.
Vamos então, começar a olhar para a vida dos santos, afinal, esses irmãos e irmãs mais próximos de nosso tempo podem nos ajudar a chegar à meta que é Jesus.
Olhando para o padrão dos santos…
Neste fim de ano fui impactado pela pregação do fundador da Comunidade Filhos de João Batista, Moisés Rocha. Nela, nos é apresentada a vida de São Padre Pio como pano de fundo, para a explanação do tema principal: Não há adoração sem dor!
Assista a pregação na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=Y9dhB-ycOCY
Em resumo: Se há adoração, existe altar. Se temos altar, temos sacrifício. Onde há sacrifício, existe dor e, então, só assim é possível existir adoração de verdade.
Mas este é assunto para outro dia… Voltemos ao padrão dos santos!
Na mesma pregação, como já dito, somos convidados a olharmos para a vida do Santo Padre Pio de Pietrelcina. Mas quero estender o convite a você, ampliando-o. Olhe para seu santo de devoção, para seu padroeiro, para seu baluarte. Em nossa comunidade, temos quatro baluartes, Santo Elias, São Paulo, Santa Luzia e Santa Faustina. Time de peso, de extrema fidelidade ao Amor. Passaram por momentos duríssimos, de guerras espirituais implacáveis, de desertos espirituais gigantescos, de perseguições vorazes, porém, como Cristo, seguiram firmes no propósito de anunciar o Reino de Deus, de pregar o convite à conversão, de exalar o amor de Deus.
Como diria o Padre Gilvan, doutor em Escritos Joaninos, a santidade dentro da Igreja Católica possui um padrão, e este padrão bate com a pregação do Moisés. Os santos são homens de brio, ousados, intrépidos, impávidos, destemidos, determinados, apaixonados e humilhados. Não é próprio dos santos: tibiez, timidez, incerteza, medo, insegurança, conforto, conformismo e orgulho.
Devemos ser a regra e não a exceção
Lembro que em aula, este mesmo professor citou Santa Teresinha, e mais um ou dois santos, CONFIRMANDO SUAS SANTIDADES, porém, deixando claro que eles não eram a regra, mas sim a exceção, isto, pois, eram mais calmos, piedosos, e menos eloquentes e intrépidos do que a maioria dos santos canonizados pela nossa Igreja. Registra aí, que ele não disse nada que denegrisse a imagem de Santa Teresinha, e de nenhum santo, só deixou claro que não podemos cair na armadilha de transformar o que é exceção em regra, porque assim fugimos da regra, e jamais seremos santos, afinal não temos que ser as exceções, precisamos lutar para sermos a regra!
Fique calmo, e não se desespere caso você não possua as virtudes da maioria dos santos, virtude pode e deve ser treinada. A palavra vem do grego “htos” (etos) e designa hábito bom, um ato que alguém realiza em prol do outro, ou seja, treine. Se force, e principalmente clame ao Espírito Santo, afinal para nós cristãos, Ele é a fonte de todas as virtudes. Todos os santos estiveram SOB ação do Espírito, até Jesus foi batizado, esteja você também SOB esta ação.
O padrão requer sofrimento, dor e humilhação
Portanto, é necessário e urgente, que nós, que almejamos ser santos como Jesus, nos lancemos de verdade nesta empreitada pessoal, permitindo que nossas vidas sejam lapidadas, moldadas e humilhadas, para que assim haja configuração ao padrão. Assim como não há adoração sem sacrifício, sem dor, sem sangue, também não há virtude sem sacrifício, sem dor, sem suor e sangue, e sem virtude, não há santidade.
Não adianta me achar dramático, ou então fanático, a verdade nua e crua é esta. Vamos negar o caminho de Santa Teresa, São Pio de Pietrelcina, São João Paulo II, Santa Luzia, São Paulo, São José Sanches Del Rio, São Josemaría Escrivá, São Pedro, Santo Estevão, São Francisco de Assis? Não dá! Vamos negar o caminho de purificação trilhado por Jesus até o calvário? Não dá! Em tempos de prosperidade, nós cristãos devemos desejar o lucro que a cruz nos oferece! Perder pra ganhar lembra (Mt 16,24-28; Mc 8,34-38; Lc 9,23-26)? A nossa peneira de purificação tem forma, e não é um círculo, é uma cruz!
Passou da hora
Passou da hora de assumirmos a regra de santidade dos nossos santos, como nossa regra de vida, e transformarmos a nossa vida em paradigma para o mundo atual. Passou da hora de vermos mais Pios, Elias, Paulos andando e pregando por aí. Passou da hora de assumirmos o protagonismo que o Santo Padre nos pede. Passou da hora de assumirmos nosso lugar na Cruz de Cristo. Passou da hora de encararmos toda dor sem murmuração. Passou da hora, mas ainda dá tempo, a hora pode ser agora! Só depende de mim e de você.
É hora de ser santo! Chega de só falar em santidade. É hora de assumir o calvário como lugar preferido, como destino desejado. O que seria das demais cidades por onde Jesus passou, se Ele tivesse fugido de Jerusalém? Que 2019 seja o ano da virada desta Igreja, desta pátria, deste povo, da minha e da sua conversão, da nossa purificação.
“Não pare quando estiver cansado, pare quando terminar” (Autor desconhecido).