Maria, caminho da humildade!

Reconhecer Maria Santíssima como Mãe e Rainha, é um concreto caminho de humildade!

Gostaria de testemunhar, através desse texto que estou vivendo um tempo de proximidade com a Virgem Maria, e essas palavras são, em primazia, um reforço a mim mesmo, como via de meditação acercar de todos os movimentos que ainda preciso fazer para conseguir amá-la com toda a máxima dignidade possível, dentro de minhas limitações.

Nunca fui alguém que, costumeiramente dirige as orações à Virgem Maria, inclusive e até mesmo durante o santo terço, minhas súplicas são (ou eram) dirigidas diretamente ao Senhor Jesus. Nunca imaginei que isso fosse um “problema” pois, pensava que era apenas uma característica. Tenho consciência de quem foi e quem é a Virgem Maria, no entanto essa consciência sempre foi teórica, ou seja, conheço quem ela é pelo que nos ensina a Santa Igreja, pelos relatos bíblicos ou até mesmo pelas experiências de alguns Santos, mas, quando olho para minha história de vida religiosa me pergunto, qual ou quais são as minhas experiências com Maria Santíssima? Depois da última formação, na comunidade Oasis, percebi que não haviam experiências.

Uma experiência única!

Durante essa formação, que aconteceu no último final de semana de março, tivemos um momento (delicioso diga-se de passagem) exclusivamente dedicado a ela, e nesse momento, o Espírito Santo me fez lembrar de muitas coisas que vivi ao longo da minha vida, em especial o tempo em que eu partilhava minhas dificuldades, meus sonhos com meus pais, ou amigos mais próximos e de certa forma me causou um certo saudosismo. Nesse momento, claramente pude sentir uma doce voz que me disse: “Eu sempre estive aqui, me transforme nessa companhia, eu quero ser essa pessoa com a qual você divide suas aflições e sonhos”. Foi um momento muito simples, doce e sereno, mas muito profundo, não podia ser outra coisa senão a presença dela, a cheia de Graça! Me senti amado pelo Senhor Jesus, era como se o próprio estivesse dizendo: “Eis aí tua mãe”.

A experiência foi confirmada ao final do encontro/formação, durante a efusão do Espírito Santo quando a pessoa que orava por mim profetizou, “vejo claramente Maria Santíssima te abraçando e te pegando no colo”. Sim meus irmãos, mesmo não merecendo ela estava me cercando, ela aprendeu com o Senhor Jesus a tomar a iniciativa, isso é graça pura graça!

A partir dessa experiência comecei a ler o livro Glórias de Maria de Santo Afonso de Ligório, pois, a melhor maneira de aprender a se apaixonar e depender de Maria Santíssima é conhecendo as profundas experiências daquele que souberam viver verdadeiramente essa relação. Ainda estou no início do livro, seguramente ele me inspirará muitos e muitos textos mas preciso compartilhar uma trave que já caiu dos meus olhos em tão pouco tempo.

A mais humilde, me ensina humildade!

A minha dificuldade de relação com Maria Santíssima tinha e têm relação direta com meu orgulho e soberba. Desejar me dirigir sempre diretamente a Jesus é para mim, dificuldade de submissão a aqueles que supostamente são “menores”, que supostamente não possuem em si determinadas capacidades, e é reflexo direto das minhas posturas e atitudes cotidianas. Eu nunca me esquecerei da inspiração que o Senhor me deu, “a melhor escola de amor e dependência que temos se chama outro”.

Maria Santíssima é o caminho mais seguro de acesso genuíno à Jesus Cristo, ela é capaz de purificar nossos sentimentos e motivações afim de que nossa relação com o Senhor seja santa!

Jesus se encarnou para ensinar a humanidade a ser “homem”.
Aprendamos com o próprio Senhor, nos submetendo à dependência da mãe, desejando sermos gerados espiritualmente no ventre de Maria Santíssima, para nos tornarmos imagem e semelhança de Cristo Jesus.

Ela é!

Maria é misericórdia, aquela que olha e intercede pelos pobres, pelos marginalizados por aqueles que ninguém olha.
Maria é rainha no sentido mais genuíno da palavra, é aquela que a todo momento se preocupa e se mobiliza pelo bem do povo, esposa do Espírito Santo, mãe de Jesus Cristo, Deus humanado.
Maria é mãe, quando em seu sim, acolhe em seu ventre Jesus Cristo, o verbo que se encarna para que trazer vida nova a toda humanidade, a mulher que gestou e gerou a vida de todos nós na vida do Cristo. Também é mãe quando diante da cruz, o próprio Jesus a declara ao discípulo, “eis aí tua mãe” (Jo 19, 27).

A minha purificação passa por estabelecer um concreto relacionamento com Maria, dulcíssima e santíssima virgem. Tenho certeza que os frutos serão grandiosos, não por que mereço, mas porque, ela está ao meu favor, e quando a mãe pede, como aconteceu nas bodas de caná, O Filho atende!

Santa Maria, rogais por nós.
Graça e Paz,

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