Escolha (de) Fighter

Já ouviu a expressão “de boas intenções o inferno está cheio”? Pois é, ela faz sentido! Não basta uma boa intenção para se ter bons resultados, é preciso que a boa intenção nos conduza a uma BOA ESCOLHA, senão de nada serve, a não ser para nos dar uma passagem só de ida para visitar o capiroto.

A história de Breaking Bad é desenrolada através da boa intenção de Walter White (protagonista da série) que descobre um câncer no pulmão e sabe que as chances de sobreviver existem mas não são tão altas.

Sendo casado e tendo dois filhos, o mais velho com algumas deficiências e a mais nova é apenas um bebê, ele precisa dar um jeito de garantir algum sustento para a família depois de sua partida.

Saindo da ficção e partindo para a vida real, há pouco terminei de ler um livro chamado “A Lição Final” de Randy Pausch. Randy era professor universitário, casado e tinha três filhos quando foi diagnosticado com câncer no pâncreas em 2006.

Os tratamentos não surtiram efeito e os médicos lhe deram pouco tempo de vida, por volta de seis meses. Então ele também tinha que garantir o sustento da família e surge nele o desejo de deixar para os filhos alguns elementos que os façam lembrar-se dele quando crescerem e perceberem o quanto eram amados pelo pai.

Qual a sua escolha?

Walter é professor de química e decide aplicar seus conhecimentos na área para fabricar e vender metanfetamina (droga popular nos EUA). Randy era professor de ciência da Computação, mas muito sábio no quesito vida e escolhe por palestrar na universidade, escrever um livro e executar algumas outras ações para alcançar seu objetivo.

Não é preciso muito para perceber que as duas situações eram críticas, que existiam duas boas intenções, mas que no final, só uma escolha foi de fato boa.

A mesma oportunidade de escolha se repete em nossas vidas quando estamos diante de situações cruciais ou até mesmo bobas.

Como temos escolhido nessas ocasiões? O mais fácil? O mais rápido? Ou de fato, o que é correto?

A verdade liberta!

Ao passo que Walter busca fazer tudo escondido, inclusive da família, ele vai se afundando em mentiras seguidas que só trazem para ele problemas. Além de lidar com o mundo do crime, ele tem que fingir que tudo está bem dentro de casa, e claro, sua relação com a esposa e o filho vai se desgastando.

As mentiras param de se sustentar e ele acaba tão preso a elas que não consegue parar de mentir. Randy por outro lado, escreveu um capítulo chamado “A verdade liberta” no qual conta como teve que expor a doença e “provar” estar doente mostrando as marcas das cirurgias para ser liberado ao ser abordado por um policial.

Esse é apenas um exemplo, mas todo mundo sabe como as mentiras, por menores que sejam, só conduzem ao aprisionamento.

Escolha = Consequências

A colheita é sua, a colheita é minha e a gente só colhe o que planta (hoje eu to cheio dos ditados). Nenhuma escolha termina em si, cada escolha com certeza levará a uma consequência.

Não pretendo dar spoiler (quando a série tem mais de 10 anos é considerado spoiler?), mas é de se imaginar que a história de Breaking Bad não termina bem, né?

A história de Randy Pausch também não tem um final feliz, pois o câncer vence a batalha, mas tem um legado sensacional, mas falaremos disso no próximo post que será só sobre o livro.

Escolha, mas escolha bem. Escolha o bem. Escolha o bom. Só Deus é bom. Só escolhas em Deus são escolhas boas.

Tamo junto, Deus abençoe suas escolhas!