Dá-me de Beber

Quando eu tive sede,
Foi você quem me pediu água!
Procurando a mim, sentastes cansado.
Eu caminhava também já fatigada e naquele poço era você quem me esperava…
Mas como pode sentir sede e se cansar, logo você que é água viva e alívio para muitos?

Em meio a tantas estradas de uma vida escrava, nós ainda podíamos sentir o cheiro das laranjas. E com a lembrança e a dor de muitas memórias, a água que tu mesmo me pediu, foi a torrente purificadora que me libertou.

Com o olhar atento ao que me dizia, me vi completamente despida e sem escoras. Quem é você? Te encontrei cansado e com sede e agora eu me sinto curada e com uma sede tão grande de Alguém que eu nem sei muito bem quem é… somente compreendia que quando me pedia “Dá me de beber” na verdade você me dizia: “Dá me algo de Ti”

Um coração desejoso de falar de ti por todas as praças e casas.
Um avivamento arrebatador que transcende meu coração só de pensar em Ti.

Já estive em muitos lugares procurando por uma saciedade e completude imensurável. Já procurei tantas pessoas e tantas coisas.

Mas tudo mudou, quando você veio a Samaria para me encontrar!

Aviva este desejo para que ele seja perene, que meu cansaço me traga memórias do quando você se cansou para me encontrar.

E no fundo do coração eu pude escutar a sua voz me dizendo:
– Mas, mulher e quando você sentir sede?
Eu sorri e só pude responder: – Me voltarei a você, porque sei que em ti encontrarei sempre a água da vida!