A Música Santa, é católica!

Grande parte de nossos irmãos protestantes, que são ministros de verdade compõe músicas lindíssimas, que só podem existir graças à Igreja Católica. Canções que só encontrarão a plenitude de sua realização ao serem tocadas em uma missa ou em um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento.

 

Buscando o equilíbrio, buscando a coerência

Aqui em nossa comunidade somos apreciadores de boa arte e especialmente de música. Sempre tivemos um apreço muito grande com alguns hinos cristãos que não foram compostos por ministros católicos, mas de várias outras denominações religiosas, obviamente que cristãs.

Confesso que temos buscado equilibrar o uso destas canções com as belíssimas composições católicas que existem, antigas, e novas. Aliás, graças a Deus estamos vivendo um tempo muito fecundo no catolicismo no tocante a composição de músicas que cantam a santidade e conduzem o povo a uma experiência sensível com o Senhor.

Já fomos relapsos e imaturos por um tempo, onde não nos preocupávamos muito com o que cantávamos, e nem se a letra desta ou daquela composição feriam ou não a sã doutrina da salvação. O importante era a melodia, a pegada, e coisas supérfluas explicadas pela imaturidade espiritual, e falta de compromisso com a doutrina e com a nossa própria santidade. Cantávamos, mas não o que vivíamos. Aliás, se quer vivíamos.

 

Quer saber no que cremos?

Por estes dias me deparei com a frase de Santo Agostinho – “Quer saber no que cremos, venha ouvir o que cantamos”. E comecei a prestar atenção com mais dedicação a algumas letras de músicas de origem não católica, que já entoávamos há muito tempo.

Descobri o óbvio, é claro. Aquelas que não são heréticas, ou que não contem erros teológicos, falam de Cristo na eucaristia, dos santos de nossa Igreja, do altar do sacrifício da Santa Missa e de santidade. Assuntos que só são possíveis serem abordados e vividos na sua máxima potência dentro do catolicismo.

Vou explicar com exemplos, fica mais fácil de compreender, e não ofendo ninguém.


Um exemplo! A Eucaristia.

Dia 05.01.2021, cantávamos em nossa adoração comunitária a musica SE EU ME HUMILHAR do Disco Praise. Ela começa assim: “Neste lugar tu és real!” Eu olhava para Jesus exposto no ostensório e dizia para mim mesmo, eu sei. Eu vejo. Eu toco. Eu acabei de comungá-lo. E ainda o sinto em espírito e em verdade.

A música segue: “Vou me entregar totalmente, o teu toque abriu os olhos do meu coração, eu posso enxergar e entender”. Antes que fale que o autor está se manifestando subjetivamente através de sua arte, eu digo que sei disso e aprecio muito este tipo de expressão. Mas o fato real, é que nós católicos somos tocados mesmo por Cristo. Não apenas subjetivamente, mas objetivamente. Materialmente.

Quantas e quantas músicas cantam a descida de Deus até nós, e nós cremos que verdadeiramente Ele não só desceu, mas permanece presente aqui na Eucaristia – “Oh se fendesse o céu, oh se descesse aqui, oh se fizesse em mim a tua morada lugar de prazer” (Min. Morada). Aqui em nós católicos isso já rolou. No batismo, sim. Mas em toda missa pelas mãos do sacerdote o Deus altíssimo fende os céus e mergulha num simples pão, para depois nos fazer literalmente sua morada, seu lugar de prazer.

Quantos santos de nossa Igreja ouviram misticamente de Jesus em suas aparições que Ele, Cristo, encontrava em seus simples corações um lugar de prazer e descanso? Muitos. Santa Faustina é uma dessas (DSF 445).

 

Somos o depósito da fé. E um dia seremos novamente uma só Igreja.

Por fim, nossos irmãos ainda separados, vivem o famoso SOLA ESCRIPTURA. Ou seja, baseiam toda sua doutrina e experiência com Deus, única e exclusivamente nos textos bíblicos. E ainda por cima desconsideram sete livros do cânon católico. Eles negam a interpretação oferecida pela Igreja de Cristo (católica) e autorizam todo e qualquer homem de fé a realizar a sua própria interpretação.

Risco grande, mas não é esse o foco aqui. A Igreja criticada e deposta por Lutero foi a responsável para que as Sagradas Escrituras vivessem até hoje. Em tempos ruidosos e difíceis fomos nós que salvaguardamos o livro sagrado das fogueiras romanas e bárbaras. Nestes tempos novamente complicados somos nós o depósito da fé instituído pelo próprio salvador.

Creio que um dia não só entoaremos juntos os mesmos hinos, creio que um dia voltaremos a ser uma só Igreja, debaixo de um só pastor. Como dizem os santos padres de nossa Igreja Católica o retorno de quem pediu o divórcio acontecerá e estaremos a um passo do retorno do noivo. Voltaremos a ser uma única noiva.