Uma tempestade na Fundação CASA

Alguns dias atrás eu fui em um dos cenáculos da Fundação CASA que atendemos, e logo quando chegamos o clima estava meio tenso, estávamos no meio de uma tempestade e não sabíamos.

Comecei perguntar para elas se tinha acontecido algo, e percebi que estavam ficando desconfortáveis com os questionamentos. Não sei ao certo o que aconteceu, mas o Espírito sabe de todas as coisas e isso que importa.

Logo na oração inicial, o Espírito Santo me dizia que aquelas meninas eram barquinhos à deriva em meio a uma tempestade no oceano.

Com isso, iniciamos orando com a passagem de Mc 4,35-40, a famosa passagem que conta “A tempestade acalmada”, era exatamente isso que Jesus queria fazer, acalmar aquela tempestade, e por essa passagem o Espírito poderia falar tudo que estava no coração daquelas meninas de maneira clara.

Jesus estava no barco, ainda que a tempestade parecia que ia afundar o barco. Ainda que a situação que elas estavam vivendo naquele dia, parecia que ia derrubar elas, Jesus estava lá. Jesus acalma até mesmo a tempestade e o mar.

Ande sobre às águas.  

Nesse dia, Jesus estava para praia, e queria falar conosco através do mar rsrs

Após a oração inicial, o Espírito me chamava a andar sobre às águas. Como que dizendo “Já acalmamos às águas, acalmamos o coração dessas meninas, agora vem! Anda sobre às águas, fale para elas sobre isso”

Nesse cenáculo, as próprias meninas que estão cumprindo medida socio educativas que pregam, chamei uma delas no canto e entreguei a bíblia com a passagem de Pedro andando sobre as águas (Mt 14,22-33) e fiz o convite para ela: “Prega comigo sobre isso hoje?”

Ela leu a passagem enquanto continuamos orando e topou.

Ela mesmo se colocou naquela condição de Pedro, e testemunhava o quanto quando chegou na Fundação CASA se sentiu sozinha, com medo. E de repente Jesus veio andando até ela, assim como foi até Pedro sobre o mar, e a chamou.

O que é mais seguro?

O que era mais seguro, ficar no barco ou andar sobre às águas?

O mais seguro sempre é ouvir a voz de Jesus.

Pode ser que ficando no barco, que achamos que é seguro, esse barco afunde e morramos afogados.

De maneira muito específica, o Espírito Santo dizia a essa menina que pregava comigo, que o barco da vida dela era os contatos do seu WhatsApp, e que se ao sair de lá, ela não saísse do barco e caminhasse em direção a Jesus, cada vez mais esses contatos do WhatsApp deixariam ela presa, e o barco afundaria.

Quais são os nossos barcos?

De onde precisamos sair?

Pode parecer que o barco é o lugar mais seguro, mas não é.

O lugar mais seguro é onde Deus te chama, pois se Ele te chama, Ele mesmo será responsável pela sua proteção.

Não cultive barcos em sua vida achando que você terá força suficiente de pular quando uma grande tempestade chegar.

Provável que o barco afunde com você e você morra afogado. Sabe aquela coisa? “Vou cultivar essas amizades aqui que não me ajudam em nada ser mais santa, e vou conseguir não fazer o que eles fazem.”

Esse barco já está fadado ao naufrágio, saía dele enquanto há tempo.

Assim como dizia aquela menina: “Exclua os contatos do seu WhatsApp, mude de número. Não ache que você já está forte suficiente para não responder as mensagens te chamando para ir para o baile, quando você menos esperar, o barco estará afundando e você lá dentro”

Grite enquanto pode

Pedro afundou enquanto andava. E por que ele afundou?

Porque ele parou de olhar para Jesus.

A nossa menina dizia nesse momento, que quando ela começou querer mudar de vida lá dentro da Fundação CASA e seguir Jesus, Jesus disse a ela: “Se você quiser mudar de vida, você terá que colocar um cabresto em seus olhos e olhar só para mim, não desvie o olhar.”

Isso é algo que falamos bastante aqui na comunidade, inclusive, foi a mesma coisa que Jesus falou para um de nossos irmãos de comunidade quando ele se converteu.

Pedro estava andando sobre as águas, mas ele se distraiu, deve ter olhado para o vento que batia, as ondas… Tudo aquilo o atemorizou, ele afundou, ele gritou e Jesus o salvou.

Quando você estiver afundando, não tenha medo de gritar. Grite ao Senhor para que Ele te salve!

Não deixe para gritar depois, você já tentou gritar de baixo d’água?

É impossível! Sua voz não será ouvida, você engolirá água e morrerá. Grite enquanto você ainda não afundou, enquanto estamos vivos.

O encontro do céu e oceano

Por fim, Jesus aparece no meio da noite andando sobre às águas no meio do oceano. Os apóstolos estão sozinhos naquele local.

A solidão nos dá a oportunidade de encontros profundos com Deus.

Eu nunca estive em mar aberto à noite, mas dizem que parece que o céu e o oceano se unem, pois naquela escuridão não dá para ver divisão.

Olha essa foto:

A imagem mostra a união o céu e o mar durante à noite, e o quanto nesse momento parece uma coisa só.

Quantas vezes nos sentimos sozinhos? Distante de tudo e todos?

Esses momentos são importantes, você está no meio do mar.

Enquanto vemos a praia, vemos a movimentação, as luzes da cidade, os prédios, e isso é o que separa visualmente o mar e o céu.

Trazendo isso para nossa vida espiritual, precisamos de momentos para nos afastarmos de tudo isso, e o que nos restará é a união do mar e do céu.

Nesse momento, Jesus virá até o nosso encontro e nos chamará para andar sobre às águas até Ele. Estando no meio do oceano, ao pisar no mar, você também pisa no céu, eles são um só.

Caminhe. Confie. A realidade de confiança de escutar o chamado de Jesus, em meio a escuridão e solidão de um mar aberto, faz com que pisemos no céu.

Já saímos do barco

Se você está lendo esse texto, provavelmente você já tirou um pé do barco, é o primeiro passo de conversão. Muitos de nós já tiramos, agora tire o outro e caminhe. Encontre com Jesus.

 

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