Jesus se revela primeiro para as mulheres

Ontem iniciamos o tempo Pascal. Nesta semana especialmente, estamos vivendo a oitava de Páscoa. Ou seja, o dia sem ocaso, iniciado ontem e que se seguirá até o domingo que vem, quando celebraremos o domingo da Divina Misericórdia.

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Jesus se revela ressuscitado

Nesta semana especialíssima, meditamos diariamente na liturgia de nossa Igreja uma leitura dos Atos dos Apóstolos e uma narrativa evangélica, que nos conta alguma das primeiras aparições do Ressuscitado.

Hoje o Senhor ressurecto aparece às mulheres fiéis de Jerusalém:

“De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés” (Mt 28,9).

Eu não sei vocês, mas eu fico extasiado com a atitude destas mulheres. Ao reconhecerem vosso Mestre, elas imediatamente se lançam aos pés do Senhor e se alegram por tal notícia.

Motivo de piada?

O que eu já ouvi de piada, e confesso que já fiz também, de que Jesus apareceu primeiro às mulheres para que elas espalhassem mais rápido a notícia, não está escrito no Gibi.

Tirando a malícia e má intenção da brincadeira, em primeiro lugar o Senhor que é fiel se revela as estas mulheres fiéis, que piedosamente haviam ido cuidar de seu corpo sepultado. Fidelidade, gera fidelidade. Fidelidade só se paga com fidelidade.

Em segundo lugar, sim, as mulheres em comparado aos homens, sempre foram e imagino que sempre serão mais dóceis à revelação de Deus. Basta olhar o número de mulheres de nossas comunidades, não sei aí na sua, mas na minha tem bem mais mulheres fiéis do que homens. E a mulherada é embaçada.

E por fim, com elas, de fato, há a agilidade do anúncio. Recebi, acreditei e anunciei. Ponto.

No tempo de Jesus não era diferente.

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Fidelidade, Docilidade e Agilidade

O que desejo destacar então, são esses três pontos: fidelidade, docilidade e agilidade.

Adjetivos que todos nós homens precisamos aprender olhando para a atitude das santas mulheres da bíblia e santas da história de nossa Igreja.

Só um pequeno adendo. Docilidade não é sinônimo de passividade. A mulherada santa era intrépida, ousada e corajosa. Não podiam falar muito, e nem tinham espaço como nós homens tínhamos, mas se lançavam. Galgavam vossos espaços e pregavam com a vida.

Não é a toa que Cristo apareceu primeiro a elas, guardadas as brincadeiras, Ele sabia que com elas a notícia se espalharia de maneira fiel e rápida, custasse o que custasse.

Maria a obra prima de Deus

Maria, Madalena, Verônica, Marta, Maria de Cleófas, e tantas outras, mulheres fiéis e fundamentais no plano da salvação.

No sábado Santo assisti uma reflexão maravilhosa, sobre como Maria teria sido naquele fatídico dia a única presença de Deus na terra, e como ela teria sustentado sozinha a Igreja de Jesus Cristo.

Maria é demais! Se Deus escolheu precisar dela e delas, quem somos nós homens para não reconhecermos Maria como nossa Rainha e Senhora, e também para não valorizarmos as santas mulheres que nos conceberam e nos auxiliam no dia a dia.

Não, não sou feminista. Sou apenas um apaixonado pela criação de Deus, por seu filho Jesus, por Maria santíssima, a mais pura e bela de todas as criaturas, e tenho certeza que na mulher está a expressão mais bela da criação de Deus.