O filme “Vingadores – Guerra Infinita” é marcado pela elaboração de um vilão humanizado – Thanos – que não é mau apenas por ser, mas porque tem um objetivo e está disposto a passar por cima de todos para alcançá-lo.
Todos nós saímos do cinema com vontade de matar o Thanos. Mas e se a gente percebesse que somos mais parecidos com ele do que imaginamos?
Motivação
A motivação de Thanos surge quando ele vê Titã, seu planeta, entrar em colapso por falta de recursos. Que os recursos também são limitados aqui na terra nós sabemos, mas o grande fator limitante é o nosso egoísmo, nosso consumo exagerado e desnecessário, nosso acúmulo de roupas, de bens e de coisas etc.
Thanos expressa muito bem a forma de pensar de muitos de nós nos dias de hoje. Um pensamento limitado pela morte, que trava uma guerra infinita contra a vida e a abertura à vida.
Joia da Alma
Homens e mulheres motivados pelo mesmo egoísmo, cada vez enxergam filhos mais como uma limitação de recursos do que como uma graça e, assim como Thanos troca Gamora (sua filha) pela “Joia da Alma”, sacrificam no abismo, a paternidade/maternidade para alcançar suas ambições profissionais, pessoais, viagens etc.
Mas calma! Os heróis têm algo a nos ensinar:
Num momento critico, o futuro do universo estava em risco e o Visão pede para que os Vingadores destruam a Joia da Mente, mesmo que isso o leve à morte.
Negociação
É nessa hora que o Capitão América solta a linda frase: “Não negociamos vidas!”. Então, o filme segue, a porradaria come solta e chega um ponto onde Steve Rogers quer se sacrificar para salvar o Visão e a Joia. Mas o Visão foge? Não! Ele fica e responde:
“Não negociamos vidas, Capitão!”
Que momento, amigos! Que momento! Nessa hora o cinema foi ao chão em gritos eufóricos de toda a plateia, lágrimas escorriam nos olhos das pessoas ao meu redor. Foi uma loucura! (Ok, talvez eu tenha me empolgado e as coisas não tenham acontecido muito assim, mas voltemos ao assunto e vamos finalizá-lo).
Doação
Se o vilão quer acabar com vidas para realizar seus objetivos e é motivado por suas feridas, os heróis se doam e chegam a colocar todo o universo em jogo para salvar uma vida que seja.
Parece loucura, parece que Thanos está mais certo, mas isso porque a gente não entendeu ainda qual é o valor de uma vida humana e talvez não entendamos por falta de conhecimento.
Catecismo da Igreja
Então, finalizo esse texto citando a grande fonte de ensinamentos que é o Catecismo da Igreja Católica (CIC).
Só pela quantidade de espaço que o tema toma dentro desse documento, dá pra gente perceber a importância do assunto. Então, vale a pena se aprofundar!
Transmissão da vida
Regulação do nascimento: 2368, 2370;
Transmissão da vida ordenada por Deus: 372;
Transmissão da vida, colaboração na obra do Criado: 372, 2367, 2398;
Transmissão da vida, finalidade do amor conjugal: 2363, 2366.
Vida Conjugal
Vida conjugal e fecundidade: 1654, 1664;
Vida Humana
Direito à vida: 2264, 2273;
Paz e respeito à vida: 2304;
Respeito à vida humana desde o momento da concepção: 227-275, 2322;
Respeito à vida humana e pena de morte: 2266, 2267;
Respeito à vida humana em legítima defesa: 2263-2267, 2321;
Respeito à vida humana: 2559-2583.
Insídias da vida humana
Aborto: 2271, 2322;
Eutanásia: 2276-279;
Homicídio voluntário: 2268, 2269;
Infanticídio: 2271;
Intervento no embrião: 2275;
Suicídio: 2280-2283.
Que Deus nos abençoe e nos ajude a sermos menos egoístas e que aprendamos a não negociarmos vidas!