Deus leva a sério quando entregamos nossas vidas e a dos nossos filhos (as) em suas mãos.
Sempre tive o sonho de constituir uma família, e não uma família qualquer; uma família verdadeiramente cristã, gerada no amor a Cristo e a igreja.
E o Senhor deu-me esta graça, sou casada a 20 anos e tenho 3 filhos: Tiago, Julia e Ana Clara.
Em cada gestação pude viver uma linda história: desde o momento da descoberta, os primeiros batimentos cardíacos, o primeiro movimento dentro do meu ventre, o fascinante momento de saber o sexo: menina ou menino?
Até a chegada do grande dia: O nascimento!
Não existe amor maior do que o amor de uma mãe por seus filhos, é ver o milagre da vida acontecendo; o primeiro olhar, a primeira mamada, o primeiro chorinho…. Tudo se torna incrível e apaixonante.
Saindo da maternidade, a primeira coisa que fiz com cada um foi levá-los ao santuário da Mãe e Rainha de Schoenstatt.
Ali aos seus pés, com o coração repleto de amor e alegria entreguei-os, consagrando cada dia de suas vidas, suas vocações, seus sonhos, seus caminhos … tudo, tudo, tudo em seu colo materno, e isto se repete até hoje, não fico um dia sem ofertar meus maiores presentes em suas mãos de mãe, pois hoje mais do que nunca, eu sei, que quando ofertamos com confiança, Ela cuida e leva a sério nossos pedidos.
Posso dizer sem dúvida nenhuma que a minha vida foi transformada, ganhou um novo sentido, uma nova visão de mim mesma e do outro, e no meio de tantas emoções, veio a interrogação: O que devo fazer com um PRESENTE que o Senhor confiou a mim e ao meu esposo?
A resposta foi imediata: Devolvê-los a Mim! Eis a sua missão!
E hoje, estamos colhendo o primeiro fruto destas consagrações, minha filha, Julia de apenas 15 anos, está fazendo uma experiência na comunidade de vida da CACL, uma jovem que aprendeu a amar a Deus, mais do que a ela mesma, aprendeu que sua vida só tem sentido ofertando todo o seu tempo a serviço da igreja e dos irmãos.
Loucura para o mundo????
Com certeza…
Porém, eu como mãe, estou imensamente feliz!!!!!
Meus filhos não são minhas propriedades, são presentes de Deus, e como família, devemos educá-los para o céu.
A Saudade
Tenho muitas saudades, amo demais minha filha…
As vezes o coração aperta, a saudade de abraçá-la, de fazer sua comida preferida, de sentar no sofá da sala e conversamos, dar risadas juntas… afff, é difícil conter as lágrimas, afinal ela é um pedaço de mim…
Logo ergo meus olhos para a Cruz de Cristo que tenho na parede da minha sala e me alegro, pois sei que não existe lugar melhor para cada um de nós, do que estar no lugar onde fomos chamados para viver nossa vocação.
Sei que existe muitas famílias que não entendem quando os filhos escolhem viver sua vocação especifica, seja ela: sacerdote, freira, celibatário ou consagrado de uma comunidade.
Precisamos entender que o chamado é pura iniciativa de Deus, quando Ele chama alguém, mesmo tão jovem quanto minha filha, já existe um projeto para a vida de quem responde “sim”, não como destino, mas como uma resposta de amor. Ninguém nasceu do acaso, para ficar solto no mundo, todos nós temos um chamado e viemos para livremente dar uma resposta ao projeto de Deus que é único, intransferível. Um chamado que é apenas seu e de mais ninguém.
Diante disto, como eu Fabiana, posso impedir, ou não aceitar o sonho que Deus sonhou para a vida da minha filha.
Não é justo, estaria sendo contraditória a fé e a confiança que postei nas mãos de Maria logo ao seu nascimento.
E diante das provações do mundo é preciso coragem para assumir o chamado de Deus, por este motivo, nós como famílias, devemos ser o apoio, a ponte, para que os nossos filhos tenham coragem de assumir sua vocação.
Deus abençoe.