Casamento, acima de tudo uma prova de Amor!

por Bruna Hamrourch –

“Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja.” (Ef 5,25)

Nesse versículo que São Paulo escreve à comunidade de Efésios, podemos perceber a grandeza e a importância do sacramento do matrimônio. O amor que o marido e a mulher têm um pelo outro é comparado por Paulo ao amor que o próprio Cristo teve pela Igreja.

Fazer com que esse amor, hoje tão banalizado, exista verdadeiramente entre os esposos tem se tornado algo um tanto difícil, principalmente nos dias atuais. É por isso que a Igreja trata com tanto cuidado as questões relacionadas ao Sacramento do Matrimônio e descreve no Catecismo importantes ensinamentos. Entre os parágrafos 1602 e 1665 do Catecismo, a Igreja nos dá alguns preceitos a serem seguidos para que o matrimônio não fuja da vontade de Deus e possa verdadeiramente ser semelhante ao amor de Cristo.

Alguns desses preceitos são muito conhecidos e aceitos como regra pela sociedade, como a incompatibilidade da poligamia e a necessidade do consentimento mútuo daqueles que querem se casar.

Por outro lado, alguns outros preceitos, como a abertura à fecundidade, não possuem, de um modo geral, grande aceitação. A disseminação de um pensamento individualista e imediatista, muito incentivado pelas grandes mídias, faz com que as pessoas sejam bombardeadas para que se tornem autosuficientes, queiram controlar o próprio futuro, sejam excessivamente competitivas e com grande apego aos bens materais e ao status. Todos esses pensamentos vão diretamente contra a tudo que Cristo nos ensinou e pode nos fazer pensar que a abertura à fecundidade seja algo ultrapassado.

Quando entendemos, de fato, o verdadeiro sentido e o que há tão belo por traz de todo o ensinamento da doutrina da Igreja, passamos a nos aproximar mais do que Cristo quer nos mostrar. No caso da abertura à fecundidade, a Igreja quer trazer à vida dos esposos a plena realização do seu maior dom, que é a geração de filhos.

“A recusa da fecundidade desvia a vida conjugal de seu ‘dom mais excelente’: a prole.” Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1664.

Esse ensinamento não quer que o casamento seja sinal de irresponsabilidade para com a geração de filhos, sem o planejamento adequado. Mas quer que no matrimônio haja abertura para essa grande graça de Deus, através dos filhos.

Tudo o que a Santa Igreja nos ensina foi inspiração do próprio Espírito Santo, através de moções ao longo do tempo, para vivermos na presença de Deus e, no caso do casamento, fazer com que vivamos a essência do “ser apenas uma carne”.

“De modo que já não são dois, mas uma só carne.” (Mt 19,6)

Por isso busquemos viver o que a Santa Igreja nos pede, entendendo seus embasamentos, para que a vida conjugal resplandeça verdadeiramente o mesmo amor que Cristo teve Igreja.