“A dança, porém, exige um ser humano inteiro…”
A inteireza e completude do ser humano não devem ser medidas pela quantidade de membros e partes do corpo que cada um possui.
Até porquê, existem pessoas que não possuem algum membro de seu corpo e podem da mesma forma serem consideradas seres humanos inteiros.
Afinal, o que significa ser um ser humano inteiro? E por que a dança exige isso?
Ser inteiro
Com base nas formações humanas que possuímos dentro dos anos formativos da nossa comunidade e ministradas pela Geórgia Moura, fundadora do Instituto Findway, é possível apontar algumas das características que determinam a inteireza do ser humano, são elas:
- pensamentos,
- sentimentos,
- emoções,
- afetos,
- relações,
- dentre outros.
A partir dessas características de totalidade, pode-se entender que a dança é bem exigente e, consequentemente, complexa quando se trata do ser humano inteiro.
A dança é caracterizada como uma linguagem manifestada através do corpo, é um modo de comunicação que não é feito por palavras.
Dessa forma, conseguimos entender à princípio o motivo da exigência.
Transbordar
A dança tem a capacidade de transbordar tudo isso que nos constitui, somente usando o corpo como instrumento.
Através dos movimentos, o corpo tem a capacidade de trazer a totalidade do ser, a sua humanidade, expor quem somos, o que estamos sentindo e pensando.
É por esse motivo que ela é tão “exigente” no quesito de inteireza, pois é com a verdade e autenticidade de quem somos, que conseguimos transparecer através de movimentos, o que realmente está em nós e, por fim, nos comunicar com O Criador,
Aquele que sonhou e nos constituiu, seres humanos que devem ser inteiros dentro das suas limitações.